Exatamente neste sábado, dia 10, Caio Aoqui (PSD) completa seus 100 primeiros dias à frente do governo do município após sua reeleição. É um governo a típico, diferente de todos os outros e sob efeito da pandemia de coronavírus.
Apesar da Covid-19, considerando que praticamente de 29 de maio de 2019, quando assumiu o exercício de prefeito, após a cassação de Ricardo Raymundo (PV), até os dias atuais, já é possível traçar um paralelo – do governo Caio com o próprio governo Caio.
Na pratica, pouca coisa mudou. O que era defendido, segue sendo argumentado, entretanto, com algumas incongruências diante do assolamento pandêmico, capaz de desnortear qualquer um, por mais paciente que seja, digno de características orientais.
Se há um ano, o blog Jotaneves.com definiu em artigo que o vírus poderia determinar o futuro político de Tupã, e a vitória da dupla Caio/Renan foi acachapante com mais de 72% dos votos válidos, não é difícil prever que os próximos meses e, com a aproximação das eleições de 2022, de repente muita coisa pode mudar.
Já é perceptível anomalia de retórica na defesa de determinadas situações, entre a vontade de manter o setor econômico funcionando e seguir o Plano São Paulo para não permitir a volta às aulas na rede municipal.
Da mesma forma, o discurso ameno do prefeito em relação a pandemia e a preocupante percepção científica do secretário municipal da Saúde, Dr. Miguel Ângelo de Marchi – assustado com a evolução da doença, sua amplitude de transmissão e, como consequência, elevado número de mortos.
Há de considerar os números que não deixam mentir: desde o registro do primeiro caso da doença no município, em 9 de abril e o primeiro óbito, dia 24, de 2020, oito meses se passaram – 56 mortes – contra 55 (um óbito suspeito) em pouco mais de três meses de 2021. A Santa Casa marcou uma sequência de semanas com 100% de ocupação da UTI e enfermaria.
– Nos últimos dias houve uma inversão – o número de pacientes de Tupã na UTI agora é maior, diagnosticou Marchi.
VÍRUS
Dentro deste contexto de paralelo Caio/Caio é possível visualizar a atual administração como eficiente do ponto de vista de defender os interesses públicos não apenas no enfrentamento à Covid-19, mas também ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, febre amarela urbana, vírus zika e chikungunya.
Em 2019 uma epidemia de dengue matou 9 pessoas, mas um ano depois, os investimentos surtiram efeito, ainda que fosse esperado uma nova epidemia para 2020. Marília e Oriente, por exemplo, enfrentam além da pandemia de coronavírus, epidemia de dengue.
Marília – 996 casos de dengue e 1 óbito
Oriente – quase 300 casos
Assis – 139
Lins – 128
Cafelândia – 758
Guarantã – 338 e duas mortes
Bauru – 137 casos de dengue
Tupã – 105
INFRAESTRUTURA
Dois avanços marcantes ficam na conta do governo Caio Aoqui – a retomada das obras de macrodrenagem urbana, depois de 10 anos do seu início e o fim de alagamentos na Vila Marajoara, passagem subnível da Avenida Lélio Pizza e baixada da Rua Caingangs e o alto investimento em recapeamento de ruas de Tupã – eliminando definitivamente os buracos que surgiam a cada chuvarada. Os recursos foram viabilizados através de financiamento de R$ 18 milhões.
O último investimento em pavimentação havia sido feito há mais de 20 anos, ainda nas duas primeiras administrações de Manoel Gaspar. É preciso lembrar ainda, que atualizar a frota de veículos significa menos gastos com manutenção de frota sucateada.
Neste artigo sobre os 100 primeiros dias do novo mandato de Caio Aoqui e Renan Pontelli (PSDB) não estão sendo contabilizados questões sobre articulação política, apenas sobre resultados de ações administrativas.
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