Secretário de Saúde apontou na direção de lockdown, mas Caio reluta

Nesta semana o município deve triplicar o número de mortos e pacientes começam ser levados para outras cidades.

MiguelA semana que se iniciou será decisiva para o prefeito Caio Aoqui (PSD), tomar uma decisão sobre a decretação ou não de um lockdown para conter o avanço da Covid-19 no município.

Uma reunião realizada ontem (17), nas dependências da Santa Casa apontou para a direção que já vinha sendo indicada pelo secretário de Saúde, Miguel Ângelo de Marchi – lockdown, mas o prefeito Caio Aoqui discorda da decisão.

O eventual posicionamento do secretário não destoa de seu conhecimento e de seu discurso desde janeiro, quando disse que o sistema iria colapsar e chegaria a hora de escolher “quem vai viver”.

Em março, de Marchi voltou a informar sobre a necessidade de conter o avanço da doença e previa o caos na saúde em Tupã. De fato, chegou o momento da decisão.

OXIGÊNIO

UTI-960x640Colapsada, a Santa Casa já não tem mais condições de socorrer as dezenas de vítimas que se aglomeram nos corredores.

Sentadas no chão, as vítimas buscam por atendimento em um dos leitos inexistentes da enfermaria e ou da UTI. Enquanto isso, as vagas só são abertas quando ocorre um óbito.

Uma vítima morreu antes mesmo de ser atendida, na quarta-feira, dia 12. No mesmo dia, Caio Aoqui visitou o hospital.

Um idoso pediu socorro através do celular, no sábado, dia 15, e foi intubado às pressas.

Outra paciente permaneceu por três horas dentro de uma ambulância até dividir o “bico” de oxigênio com seu marido também infectado pela coronavírus, horas depois de o blog denunciar que o oxigênio do hospital era insuficiente para atender a todos.

A UPA – Unidade de Pronto Atendimento já recebeu até uma tenda para acomodar as pessoas com sintomas de Covid-19 que procuram pelos primeiros socorros.

A situação é insustentável e apenas ampliar o número de leitos não será mais suficiente para tirar a pressão sobre o sistema de saúde.

Resta apenas, aplicar o conhecimento do Dr. Miguel Ângelo de Marchi – uma medida mais rígida de isolamento social pode ser a única medida capaz de frear a transmissão da doença.

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