Paulo Henrique Andrade é acusado de quebra de decoro parlamentar. Ouça texto
A Câmara de Tupã volta a realizar sessões ordinárias nesta segunda-feira (7), após 15 dias de recesso.
Neste segundo semestre, os vereadores de Tupã terão uma missão ingrata mais uma vez: julgar o vereador Paulo Henrique Andrade, o “PH” (PSDB), por eventual quebra de decoro parlamentar, durante confusão registrada em 22 de maio.
Vídeo exibido pela imprensa não mostra a suposta agressão contra a cidadã Tereza de Lourdes Anastacio, 62 anos, mas não é isso que está em discussão no Conselho de Ética da Câmara. Pelo visto, o pedido de impeachment foi apenas o ponto de partida para a investigação.
O acusado já apresentou sua defesa questionando o rito do procedimento, colocando em xeque a honestidade da denunciante, bem como, solicitou o arquivamento do processo.
De acordo com PH, a Justiça o “inocentou” ao acatar pedido do Ministério Público concluindo a inexistência da alegada agressão, mas o presidente da Casa de Leis, Marcos Gasparetto (PSD), em defesa do Legislativo antecipou que uma coisa não tem relação com outra.
“O Poder Judiciário é um e a Câmara é outro. O ex-prefeito Ricardo Raymundo (PV) foi cassado por uma questão política. Ele até recorreu da decisão do Legislativo, mas o Judiciário não anulou a decisão do plenário da Câmara. Então, se o PH vai ser cassado ou não, quem vai decidir é o plenário, dependendo do relatório da Comissão de Ética”.
A comissão que analisa o pedido é composta pelos vereadores Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru” (PSD), Israel Vellosso, o “Tutu” (PSD) e Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP). O prazo para entrega do relatório é de até 90 dias, prazo que vence na primeira quinzena de setembro.
Esse é o segundo pedido de impedimento contra o vereador Paulo Henrique Andrade. O primeiro foi apresentado pela líder comunitária Teresa Vicente, quando o edil “bancou” protestos e atos antidemocráticos, após as eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, a Câmara o inocentou.
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