Eleições: Prévias foram marcadas por traição, trapaças e trapalhadas

Últimas convenções definem o jogo eleitoral em Tupã – ouça texto

Schiavon foi preterido pelo prefeito – Reprodução/Tupacity

Traição, trapaças e trapalhadas definiram as prévias eleitorais em Tupã (SP) até o prazo final (5/8), quando todas as convenções partidárias terão sido realizadas. Saiba mais: As desistências de Biden e de Shigueru

O processo eleitoral traz em seu bojo vestígios pós eleições de 2016, com a diplomação de José Ricardo Raymundo (PV) e Caio Aoqui (PSD), prefeito e vice-prefeito, respectivamente.

De lá para cá, todos sabem o que aconteceu. Ricardo Raymundo foi cassado, em 2019, e Caio Aoqui assumiu a administração e, foi eleito em 2020, ao lado de Renan Pontelli (PSDB).

Além de eventual deslealdade registrada em 2019, houve ação ardilosa na escolha de alguns nomes que foram apontados como possíveis pré-candidatos a prefeito e a vice-prefeito pela situação.

Eduardo Akira Hidamitsu, “Shigueru” (PL) ligou a “metralhadora” e disparou para todos os lados. O alvo, o lado da situação. Fogo amigo. Apesar de alegar que não saiu do grupo do PSD brigado, foi categórico: “Não vou carregar ninguém nas costas. Se eu tiver que carregar será eu mesmo”, e direcionou sua trajetória para ser pré-candidato a prefeito. Não deu certo.

As trapalhadas se sucederam a partir da tentativa de jogar sozinho, um processo que deve ser decidido por grupo. Mas ao final, prevaleceu a imposição, apesar do descontentamento de alguns, que acreditavam na possibilidade de o deputado federal Luiz Carlos Motta (PL) dar uma virada de mesa, o que não aconteceu.

DERROTA

Essas eleições, independentemente do resultado, já há um grupo perdedor: o PL. É um desprestígio a um partido que tem como seu líder um deputado federal e não ter em seus quadros um nome para indicar como vice na chapa, fosse com Edson Schiavon (PSD) ou com Wilson Quiles Júnior, “Quilão” (PSD).

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O prefeito Caio Aoqui (PSD) se impôs e emplacou ao parceiro PL, três derrotas seguidas – o retorno de Schiavon do PL para o PSD e os dois nomes para vice. Assim foi com o Shigueru e, depois, com Lucas Hatano (PSD), o escolhido.

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Depois desse imbróglio, em que até o empresário Henrique Morelato foi apontado como pré-candidato a vice, restou a Shigueru legenda para concorrer apenas a vereança.

Se sentindo traído pela situação, o parlamentar mais votado em 2020, com 1.645 votos – está propenso a apoiar à oposição, mesmo que de forma isolada.

OPOSIÇÃO

A oposição liderada pela federação PSDB/Cidadania vai para as convenções marcadas para segunda-feira, dia 5, das 16h às 18h, na Alameda Lancaster, Vila Inglesa, tendo para vice na chapa encabeçada por Renan Pontelli (PSDB), entre os nomes cogitados os dos pecuaristas Davi Bondartchuk e José Paulo Matias Gonçalves (PSDB), que já foi vereador na 8ª Legislatura de 1997/1983. Mas há possibilidade de um terceiro nome.

OUTROS PARTIDOS

Outros partidos como o Podemos liderados pelo pastor Bruno Marquezi, que poderá contar com o apoio do DC (Democracia Cristã); Solidariedade, do ex-secretário de Cultura, Anderson Medeiros e o PT, presidido pelo psicólogo Valci Silva, também vão promover suas convenções.

Enquanto isso, o Novo, um dos primeiros a realizar convenção, já definiu seu apoio em coligação com o PSDB e a chapa com 16 pré-candidatos a vereador.

Já os Progressistas escolheram os pré-candidatos a vereador, mas deixaram para a Comissão Executiva do partido definir até o dia 5, de que lado seguirão durante as eleições de 6 de outubro.

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