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“Tempo da verdade”: Operação que envolve PL fortalece PSD em Tupã!?

O partido presidido por Wilson Quiles poderá não encontrar concorrência nas eleições municipais. Se preferir ouça o texto

Com a inelegibilidade de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), vários nomes são apontados como pré-candidatos a prefeito de Tupã, nas eleições de 2024.

O partido ao qual o pré-candidato está filiado é a primeira referência para qualquer pretensão em disputar uma eleição majoritária.

De longe o PSDB deixou de ser uma sigla atraente, e o ex-prefeito Waldemir se for candidato possivelmente deixará o ninho tucano e se abrigará em outra agremiação, mesmo após seguidos fracassos – em 2012, na tentativa de fazer sucessor ou em 2016, na derrota para José Ricardo Raymundo (PV).

Ainda assim, o nome de Waldemir é considerado forte, caso se mantiver o pacto de união de todos contra ninguém. Em tese, mesmo sem combinar com o eleitor, não existiria adversário pela frente, mas “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, segundo o pensamento do ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto.

Só para lembrar, o PSDB foi o partido que indicou o vice na chapa vitoriosa nas eleições de 2020, encabeçada por Caio Aoqui (PSD). Renan Pontelli se afastou da administração, mas segue no Partido da Social Democracia Brasileira ainda com pretensões políticas.

TEMPUS VERITATIS

Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, mesma sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro – 
(Foto: Evaristo Sa/AFP)

A Operação “Tempus Veritatis” coloca nas cordas o ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL. Fato é que um grande medo surge entre políticos de municípios de médio e pequeno porte, que temem pela cassação do registro eleitoral do partido durante o pleito. Essa possibilidade foi divulgada em publicação feita pelo jornalista multimídia Naian Lucas Lopes.

“Pré-candidatos a prefeito e vereador do Partido Liberal (PL) em centenas de cidades brasileiras estão apreensivos com o futuro da legenda e consideram a possibilidade de concorrer nas eleições de 2024 por outras siglas”, assinala.

De acordo com matéria publicada no Ig, dirigentes estaduais e nacionais do PL têm buscado tranquilizar os pré-candidatos, argumentando que é improvável que um partido da magnitude do PL sofra tal punição.

TEMPO DA VERDADE

Mauro Guerra – ex-secretário Municipal de Educação

A verdade é que, em Tupã, já na Quarta-Feira de Cinzas, dia 14, terá início o “marco temporal” de ocupação do espaço de cada um em seu território político.

O PL presidido pelo vereador Alexandre Scombatti – sob olhares atentos do deputado federal Luiz Carlos Motta tem atraído a atenção de agentes políticos de centro esquerda à direita.

São cogitados a engrossar as fileiras – o advogado Mauro Guerra Eduardo (PV) e ex-secretário da Educação da administração Ricardo Raymundo, o vereador Antônio Brito (PV), o presidente da Câmara, Marcos Gasparetto (PSD), pastor Bruno Marquezi (PODEMOS) – candidato derrotado em 2020, entre outros.

Além de Scombatti, a sigla também tem como vereador Renato Fresneda Delmori, o “Renatinho da Garagem”. Por lá também está o ex-vice prefeito de Tupã, o empresário Thiago Santos. O político fez dobradinha com Motta, nas eleições de 2022. Para o cargo de deputado estadual, Thiago Santos foi o mais votado pela cidade, com 7670 votos.

O fio da balança nas eleições de 2024 como manda o figurino político dos últimos tempos fica ao centro, com Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP). Ele também reforça suas fileiras que conta com a vereadora Cláudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo”.

O ex-vereador Luis Alves de Souza pode se filiar no Progressistas. Há informações extraoficiais de que o ex-vereador Tiago Munhoz Matias pode retornar à cidade para disputar mais um pleito.

De outro lado estão as fileiras de Caio Aoqui: Wilson Quiles Júnior (PSD) e Edson Schiavon (Republicanos), além dos fiéis parlamentares – Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru”, Lucas Hatano e Israel Veloso Neto, o “Tutu”, atual secretário de Meio Ambiente – substituído por Sandra Mara Meira Cabrera de Souza, a “Sandra Enfermeira”.

CONCORRÊNCIA

A incerteza em relação ao futuro do PL considera “o receio de que o partido seja cassado ao longo dos próximos quatro anos, o que poderia resultar na anulação das vitórias de muitos candidatos da legenda. Eles exigem garantias jurídicas para evitar tal cenário”, observa texto de Naian Lucas Lopes.

Se essas condições se mantiverem e se essas hipóteses se confirmarem pelos desdobramentos da Operação, o PL não chegará com força suficiente para impor grande número de candidatos próprios nas eleições de outubro. Essa situação muda o cenário político em várias regiões.

Em Tupã, essa tendência favorecerá o PSD presidido por Wilson Quiles Júnior (secretário de Finanças) e do prefeito Caio Aoqui detentor também do REPUBLICANOS, de Tarcísio de Freitas. O PP, de Ribeirão flutua nas duas direções.

Por falar em oportunidades – Paulo Henrique Andrade (PSDB), o “PH” – perdeu recurso em São Paulo sobre sua cassação e, portanto, inelegível. PH extremista de direita foi eleito vereador em 2016 pelo PPS – Partido Popular Socialista – sucessor do PC do B de Paulo Freire, e reeleito pelo PSDB. Ele sempre “namorou” o Novo – partido de direita, mas nunca assumiu o “romance”.

Já o velho PT pode voltar a se assanhar sob a presidência do psicólogo Valci Silva. Em 2012, a sigla elegeu José Maria de Oliveira como vereador mais votado da história, e fez o vice-prefeito na chapa de Manoel Gaspar. Os tempos são outros e, talvez, o grupo não consiga o mesmo sucesso, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato.

Leia também: Eleições 2016: o futuro de Tupã nas urnas

ELEIÇÕES EM TUPÃ: Toda oposição consegue apenas 1 terço dos votos de Caio Aoqui

Uma resposta

  1. Scombati é direitona, não está atraindo centro esquerda, nem aqui nem na lua, pois Mauro é Brito não estão filiados no PV, e não são, nem de longe, centro esquerda. Aliás não se sabe que apito tocam em ideologia política… Valdemir continua inelegível. São tempos de especulações políticas, onde jogam o bode na sala, para sentir se cheira bem ou fede. Por enquanto tudo fede. O “velho PT” pode surpreender nestas eleições.

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