São investigados contratos em cerca de 80 cidades do noroesta paulista.
Ação de combate à corrupção é realizada simultaneamente em 12 estados.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba
Os contratos suspeitos de fraude firmados com prefeituras do noroeste paulista somam mais de R$ 1 bilhão, segundo o Ministério Público. O órgão, em parceria com a Polícia Federal e com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta terça-feira (9) a operação “Fratelli”, que investiga fraudes em licitações públicas em cerca de 80 cidades da região.
A ação faz parte da Operação Nacional contra a Corrupção, deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com diversos órgãos, e deve cumprir mandados de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento das funções públicas em pelo menos 12 estados.
O estado de São Paulo concentra a maior parte da operação nacional. São cumpridos 13 mandados de prisão contra empresários, funcionários públicos e políticos e 160 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Jales (SP) e pela Justiça Estadual em Fernandópolis (SP).
Equipes do Gaeco cumprem mandados de busca nas prefeituras de Urupês, Catiguá, Paulo de Faria, Palestina, Guapiaçu, Ibirá, Uchoa, Monte Aprazível, Ariranha, Novo Horizonte, Potirendaba, Catanduva, Fernandópolis, Jales, Votuporanga e também de Cafelândia. Muitas delas estão com as portas fechadas por conta da operação.
Os agentes ainda cumprem mandados de busca e apreensão em Cafelândia, na região Centro-Oeste do Estado. A prefeitura também está fechada e só deve reabrir para expediente normal depois das 14 horas.
Agentes federais também fazem buscas nas casas de empresários e nas sedes de empresas que estariam envolvidas com o esquema de fraudes.
O balanço da operação será divulgado na tarde desta terça-feira no Ministério Publico do Estado de São Paulo em Rio Preto.
A “Operação Nacional Contra a Corrupção” também acontece nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia.
Segundo o Ministério Público, as investigações apuram desvios em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, uso de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.