Secretário de Saúde, Antonio Brito disse que impasse foi resolvido. “Só faltava conversar”, se explicou.
Uma receita branca tornou público um esquema montado para “minar” a atual diretoria do Programa Saúde da Família (PSF) instalado no Núcleo Habitacional “Antonio Pereira Gaspar”, Zona Leste da cidade. A unidade de Saúde é conhecida como PSF “B”.
A receita branca revelou uma questão passional, ciúmes e intrigas. Além disso, há irregularidades que comprometem o atendimento à população e o Ministério Público deve intervir para coibir a pratica que é rotineira nesta e, em outras unidades de saúde. Os médicos não cumprem a carga horária.
Toda a trama da receita branca teria sido descoberta por apenas um detalhe: não se receita, por exemplo, um calmante com esse tipo de receituário. O normal seria uma receita azul. Como aconteceu o contrário, o fato foi descoberto. Logo chegou ao conhecimento do médico José Eduardo Águas que garantiu que não prescreveu tal medicamento e, supostamente a assinatura não seria dele.
Alguém, não se sabe quem, teria se apropriado dos documentos com o carimbo do médico que não cumpriria o horário de atendimento (40 horas semanais) e receitou o medicamento para um paciente da unidade.
Quem fez isso, queria atingir a atual diretora da unidade, apurou a reportagem. O interesse da autora (o) seria trazer para o comando a ex-diretora, colocada no cargo ainda durante a administração de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Depois do fato descoberto o médico teria alegado que ele e a atual diretora do PSF não poderiam trabalhar juntos.
Em contrapartida, a coordenadora do PSF teria feito uma exigência ao médico: o clínico teria que cumprir às 40 horas semanais de trabalho. Águas teria retrucado que a coordenadora sabia que ele não teria como cumprir o horário, por causa da sua prestação de serviços para uma usina de açúcar e álcool.
Como se nota, o caso é muito mais complexo para ser resolvido com apenas conversa. Há um descumprimento de horário por parte do médico que recebe salário integral de mais de R$ 10 mil e atende a população em menos de uma hora. 20 atendimentos por dia, em 40 minutos. Menos de 2 minutos para cada paciente.
A propósito, nesta quarta-feira (17) uma mãe chegou com uma criança de apenas cinco (5) anos com febre e foi obrigada a retornar para casa, por falta de atendimento. Houve a falsificação de assinatura de um documento. Foi aviado para um paciente um medicamento que só poderia ter sido feito pelo médico que se mantém ausente da unidade.
Segundo apurou a reportagem, o objetivo seria atingir a atual diretora da unidade para manter no cargo uma segunda pessoa de relacionamento estreito com o médico. Será que o médico não teria conhecimento daquilo que foi perpetrado? Para o secretário de Saúde, Antonio Brito, tudo foi devidamente esclarecido e resolvido. “Só faltava conversa”, disse ele. O povo está cheio de conversa e exige atitude!