Vereador diz que canteiro de obras em Tupã foi verdadeira roubalheira


A declaração foi do vereador, Luis Carlos Sanches (PTB). Para o ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou irregularidades no Espaço das Artes, a administração do ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) deve ser responsabilizada pelo suposto desfalque nos cofres públicos com as 31 obras paralisadas e abandonadas pelas empreiteiras. Luis Carlos

Na verdade, a Comissão Parlamentar Especial (CPE) comandada pelo vereador Valter Moreno Panhosi (DEM) ainda está em andamento. Porém, os indícios de irregularidades só aumentam com as diligências dos vereadores que compõem a CPE. Na sessão de ontem (2) além de Moreno, falaram sobre as obras de macro drenagem outro integrante da CPE, Luiz Alves de Souza (PC do B) e Sanches.

O vereador José Ricardo Raimundo, “Ricardo Lajes Tamoyos” (PV) havia observado na semana passada que os piscinões que deveriam conter a água da chuva avançavam em erosão contra as residências ribeirinhas. Essa situação foi constatada pelos integrantes da CPE. Dos R$ 25 milhões que devem ser investidos no Programa de Macro drenagem foram consumidos cerca de R$ 11 milhões. Engenheiros ouvidos pelo blog observam que a obra foi iniciada de forma equivocada e teriam potencializado o problema, como observado durante o período de chuvas do mês de maio.

Durante seu pronunciamento da tribuna da Câmara, Sanches pediu acompanhamento de perto do Ministério Público e provocou até um constrangimento à vereadora Telma Tulim (PSDB). Assim que terminou uma homenagem feita por ela à Polícia Civil, a corporação comandada em Tupã pelo delegado Luis Antonio Hauy foi alvo de critica por parte do parlamentar.

Quando do episódio da detenção do vereador no prédio do Espaço das Artes, ele teria encontrado dificuldades para registrar a ocorrência para uma eventual instauração de inquérito. “Só consegui após interferência do Ministério Público”, disse Sanches.

LEÃO & LEÃO

BAIXADA CAINGANGUESA obra de macro drenagem vinha sendo feita por outra empresa que também faliu com o fim de mandato de Waldemir, a Leão & Leão. É a mesma empresa de Ribeirão Preto que também venceu licitação em Tupã para realizar a coleta de lixo orgânico no município. A empresa estaria em recuperação judicial e não teria crédito para dar continuidade à obra. Pior ainda: de acordo com o próprio prefeito Manoel Gaspar (PMDB) a Prefeitura ainda enfrentaria problemas técnicos para romper contrato com a empreiteira.

A licitação foi vencida por um consórcio de empresas e uma delas que daria aporte financeiro para a Leão se retirou do grupo e deixou a construtora em situação financeira complicada e as obras que deveriam conter inundações e enchentes se transformaram num pesadelo ainda pior que antes da macro drenagem. A maior preocupação é com a volta das chuvas e tudo indica que até lá, tudo ainda continuará indefinido e as obras inacabadas.

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