Os envolvimentos sob suspeitas na administração de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) continuam. É difícil saber o que é público ou privado e vice-versa. Enquanto o patrimônio de alguns cresce de foram a causar inveja em qualquer Palocci (PT) ex-ministro do governo Dilma Rousseff, o secretário de Governo Adriano Rogério Rigoldi (PSDB) continua usando da estrutura do Poder para ampliar o patrimônio.
Proporcionalmente o patrimônio do secretário aumentou mais que o do ex-ministro Antonio Palocci, acusado de ter o patrimônio aumentado em mais de 20 vezes, nos últimos seis (6) anos. Em 7 anos, Adriano aumentou o seu patrimônio de zero a no mínimo R$ 500 mil (meio milhão). Comprou chácara e casa e a reforma teria sido de causar inveja.
Estaria sendo executada ou já foi completada, através de uma empreiteira que segundo informações cobraria o equivalente a R$ 50 mil mensais. A Construtora é uma que nos últimos anos conseguiu ganhar várias licitações públicas junto à administração.
Primeiro, se o secretário teria R$ 50 mil mensais para custear a reforma do imóvel. Já estaria sob suspeita do Ministério Público e, se não tiver, a situação pode se complicar. Qual a garantia teria para comprovar uma situação ou outra?
A primeira impressão que fica seria uma troca de favor. Aliás, que não “custaria” nada a empreiteira, levando em consideração a mão de obra empregada na obra. Em troca ganharia mais licitações? Não sei.
Se for procedente o recurso que o secretário teria, significa dizer que o patrimônio aumentou mais que o anunciado pelo Blog. É verdade que foi uma analogia feita entre o Palocci de Brasília e o secretário de Governo Adriano Rigoldi.
O curioso é que naquele mesmo dia em que surgiam as duas denúncias, a do Palocci de Brasília e a do suposto Palocci “caipira II”, a mulher dele e secretária de Turismo, Aracelis Gois Morales telefonou à reportagem do Blog. Alegava que quando falasse em patrimônio do Adriano, era preciso entender que existia herança. Herança?
Mesmo que existisse herança, ela teria surgido em curto espaço de tempo. Tempo insuficiente para viabilizar tantos negócios e obter tanta influência, como eventualmente comprar imóvel em nome de terceiro e empregar cunhado na Leão e Leão. A propósito, o Ministério Público de Tupã já descobriu a quem pertence essa empresa?
Curiosamente, apesar da suposta ajuda financeira que Waldemir Gonçalves Lopes teria recebido para a campanha eleitoral, ele só conseguiu viabilizar a terceirização da coleta de lixo para a Leão e Leão, no segundo mandato. A propósito as contas de campanha ainda estão sob análise da Justiça.
Curiosamente de novo, a coleta foi terceirizada, quando Waldemir já tinha no staff, como secretário de Administração e Finanças, Walter Bonaldo que deixou a administração prometendo se “vingar” de Rigoldi. Por quê? Qual teria sido o atrito existente entre os dois?
Onde anda Waldemir Gonçalves Lopes que prometeu ainda no primeiro mandato avaliar mensalmente seus secretários? Ao que consta, ele foi avaliado pelo secretariado. Hoje é mais refém dos secretários e dos supostos esquemas, do que ter capacidade para avaliar alguém. As denuncias dos vereadores sobre a atuação de lobistas e empreiteiros que faziam negociatas no gabinete do prefeito, cheiram ser verdadeiras.
Ao menos por enquanto, ninguém desmentiu. O Ministério Público ao que se sabe, em tese nada teria apurado. Também faz sentido a ampla reforma na casa do secretário, feito por uma empreiteira que passou a vencer licitações públicas, para a realização de obras, no governo de Waldemir Gonçalves Lopes.
E quanto às obras de macro-drenagem? A quem pertence à empreiteira que realiza as obras? Qual foi a participação do lobista na viabilização do recurso de R$ 25 milhões? Foi este o “terreno fértil” anunciado na TV Câmara que Bonaldo disse ter encontrado em Tupã? Teria sido esse o motivo do atrito com o secretário de Governo Adriano Rigoldi?
Qual motivo estreitou de repente a relação entre o PSDB de Waldemir, o PP de Ribeirão e o PT de Palocci e do líder da Dilma Rousseff, Cândido Vaccarezza e qual relação existe entre eles e pagamento de propina pela Camap para renegociar divida do Recoop e as obras de macro-drenagem? “Um casamento perfeito”, publicou o “Buxixo”. Com a palavra o Gaeco.
Gostaria de dar os parabéns sobre a matéria. E aproveitar para perguntar se o Ministério Público está investigando essas denúncias. Abraços!!
Ao que sabemos, existiria uma suposta investigação sobre o tema, não especificamente em relação a este caso, eventualmente isolado, mas que também envolveria outros integrantes da administração e terceiros, empresários e empreendedores que prestariam serviços à prefeitura, entretanto, não haveria nenhuma confirmação se de fato, essa investigação estaria acontecendo ou não. A informação sobre o fato que temos, é extra-oficial.