Telma Tulim quer enterrar animais nos cemitérios de Tupã

cemitério tupãA vereadora Telma Tulim (PSDB) esboçou um projeto de lei e pretende protocolá-lo na Secretaria da Câmara, mas antes busca apoio à ideia junto aos vereadores. O pré-projeto que recebeu o número /2.014 diz em seu título que dispõe sobre o sepultamento de animais domésticos em cemitérios do município de Tupã.

Composto de seis (6) artigos o “projeto” é um natimorto, mas a parlamentar que também se diz defensora dos animais justifica. “Os animais domésticos atualmente são considerados membros das famílias humanas, principalmente os cães e gatos, com os quais as pessoas mantêm estreitos vínculos afetivos”.

Se o projeto vingar e a lei for sancionada pelo prefeito Manoel Gaspar, vai ficar autorizado o sepultamento de animais domésticos em campas e jazigos localizados nos Cemitérios da Saudade e São Pedro.

O Serviço Funerário do Município vai ficar com a função de regulamentar as regras de sepultamento. Já o Cemitério particular (Palmeiras) poderá estabelecer regramento próprio para o sepultamento de animais domésticos em campas, jazigos, gavetas ou carneiras.

“Muitas pessoas desejam enterrar seus companheiros de estimação nos cemitérios, mas não encontram respaldo legal. Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar cadáver”, insiste a autora da propositura.

Alguns vereadores ouvidos pela reportagem do blog rejeitaram a ideia de Tulim. No passado, o vereador Augusto Fresneda Torres, “Ninha” (PSDB) sugeriu a criação no município de um cemitério específico para animais, mas o projeto não foi para frente. A intenção do vereador não é novidade. Cidades maiores possuem esse tipo de serviço (cemitério para bichos) ou cremar animais domésticos.

Já a proposta de Telma Tulim é no mínimo estranha. Ela mesma nunca demonstrou nenhuma preocupação com o pouco espaço que existe nos dois cemitérios para enterrar os cadáveres humanos. O cemitério São Pedro já não possui mais nenhum espaço. O cemitério da Saudade está na sua última etapa de ampliação.

Como ex-líder da ex-administração, a parlamentar deveria ter atuado no sentido de que Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) deixasse algum legado para Tupã, além de bonitas praças e um rastro de irregularidades. Tulim poderia ter defendido junto ao seu partido, a implantação de um espaço regulamentado para que os tupãenses pudessem sepultar seus entes queridos.

Com tantas necessidades, uma delas, a criação de um novo local para implantar outro cemitério, a vereadora também pode atuar junto aos empresários locais, sobre a viabilidade econômica de um empreendimento dessa natureza ou um crematório de animais domésticos. A ideia pode ser iniciada com um amplo abaixo assinado.

                                                                                             Andre Rodrigues/Gazeta do Povo

Cemitério Bom Amigo

 

No cemitério Jardim do Bom Amigo, o dono pode enterrar o animal com direito a frase e fotografia no túmulo

O que fazer quando seu pet morre?

Perder um animal de estimação é uma situação difícil para todo mundo. Além da tristeza de ficar sem o amigo – seja por doença, acidente ou idade – nem todos têm ideia do que fazer e para onde levar o corpo do bicho. Foi o que aconteceu com Janaína Fogaça quando seu cachorro Peter, um pinscher de 13 anos, morreu. Ele estava muito doente – um problema grave no fígado – e, segundo o veterinário, qualquer tratamento seria em vão. O profissional indicou eutanásia e a família, para aliviar o sofrimento do cachorro, aceitou. “O médico perguntou se eu queria levar o corpo para casa ou deixar na clínica para que ele encaminhasse para cremação”, conta Janaína.

Mas a decisão não foi simples. Embora tivesse um quintal grande em casa, ela ficou com medo de que seu outro cachorro, um labrador, revirasse a terra e tirasse Peter de lá. “Fiquei mexida. O que eu queria era enterrá-lo em um cemitério para animais, mas nem sabia se existia e se o preço era acessível. Já tinha gastado muito com o tratamento”, diz. Depois de pensar muito, optou pela cremação. Mas existem outras duas opções: uma é um cemitério para animais; e outra é o serviço da prefeitura, que recolhe todo tipo de animal doméstico, como cão, gato, passarinho, coelho e chinchila. Também enterram ou cremam animais maiores, como cavalos e porcos. Confira como funciona cada uma:

Cremação

Em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), existem pelo menos dois serviços de cremação. Um deles é o Pet World, que funciona desde 2005. Um funcionário busca o animal em casa ou na clínica e encaminha para o crematório. Lá, ele pode ser cremado em cerimônia coletiva – que custa mais barato – ou individual.

Depois do procedimento, o dono do animal pode escolher se quer levar as cinzas para casa ou jogá-las no jardim do crematório – isso não serve para quem optar pela cremação coletiva. A gerente comercial Leia Consani Penner explica que existe uma sala no local onde as pessoas podem esperar o procedimento. “Funciona como um velório”, diz. O outro é o Pet Céu, em Pinhais, também na RMC, que funciona da mesma forma.

Pet World

Endereço: Rua Mário Strapasson, 5, Colombo

Contato: (41) 3663-6335

Horário de recolhimento: das 8 às 20 horas

Preço: de R$ 130 (animais de pequeno porte) a R$ 700 (grande porte)

Pet Céu

Endereço: Rua Santa Helena, 51, Pinhais.

Contato: (41) 3668-5858

Horário de recolhimento: 24 horas

Preço: de R$ 380 a R$ 490 para cremação individual e R$ 150 a R$ 180 para coletiva, dependendo do tamanho do animal.

Controle de zoonoses

A prefeitura de Curitiba tem um serviço gratuito de coleta de animais mortos feito pelo Centro de Controle de Zoonoses. Ele apanha bichos domésticos, selvagens e silvestres. Existe um carro que busca o corpo em casa, no mesmo dia, mas só para pedidos feitos até as 16 horas. Depois disso, o dono precisa esperar até o dia seguinte.

Os corpos dos animais são cremados e as cinzas, encaminhadas a um aterro. Porém, o processo de cremação é diferente. Os bichos de até 60 quilos passam por um forno da Cavo (empresa responsável pela coleta de lixo) – chamado por eles de micro-ondas – para esterilizar e eliminar micro-organismos que possam causar doenças. Só depois são cremados normalmente e seguem ao aterro. Já os com mais de 60 quilos são cremados sem passar pelo forno. O serviço só atende residências ou bichos abandonados na rua e não recolhe animais em clínicas e hospitais veterinários.

Contato: 156

Preço: gratuito

Horário de atendimento: o pedido pode ser feito a qualquer hora do dia, mas o animal só é recolhido até as 16 horas. Depois desse horário, só no dia seguinte.

Cemitério

Para quem prefere que o corpo do animal de estimação fique em algum lugar onde possa ser visitado depois, existe um cemitério para bichos. É o Jardim do Bom Amigo, que fica em Colombo, na Grande Curitiba.

O corpo é guardado em um caixão de alvenaria e o dono pode optar por uma lápide, com epitáfio – frase escrita no túmulo – e foto. Quanto mais detalhes, maior o preço. O local fica aberto à visitação todos os dias e tem um serviço de busca do animal em casa.

Segundo a proprietária do cemitério, Sandra Fumagalli, a ideia é abrir ainda em 2013 também um serviço de cremação no local.

Endereço: Rua Nossa Senhora de Fátima, 710, Colombo

Contato: (41) 3333-9620

Horário de recolhimento: das 7 às 20 horas.

Preço: de R$ 260 (animais pequenos) a R$ 1.200 (animais grandes)

No quintal

Pode parecer prático enterrar um animal de estimação no quintal de casa. Não tem custo, é rápido e ainda garante uma certa sensação de segurança, pois se tem a certeza do que foi feito com o bicho. Mas isso é prejudicial para o meio ambiente.

A engenheira química do Departamento de Limpeza Pública de Curitiba, Eliane Train, diz que a decomposição do corpo de um animal funciona como a de uma pessoa. Libera chorume – líquido escuro resultante da decomposição de corpos –, que contamina solo e lençol freático. Mas a regra não vale para animais muito pequenos, como pássaros, peixes e tartarugas. Segundo Eliane, esses podem ser enterrados no quintal, sem problemas.

Clínica

Quando o animal morre na clínica veterinária, o dono pode levá-lo para casa ou pagar um valor para que ela encaminhe o bicho para um dos serviços de cremação.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/

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