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Mapa da Mina: bandidos podem ter roubado R$ 300 mil em jóias em Osvaldo Cruz-SP

A Polícia usou até um helicóptero para fazer buscas pela área rural do município e não divulgou qualquer informação oficial.

águia 1A Policia de toda a região continua mobilizada na tentativa de prender três homens que teriam praticado um roubo na manhã desta sexta-feira (16) na zona rural de Osvaldo Cruz. Até o helicóptero Águia da Polícia Militar foi acionada para auxiliar nas buscas. Os ladrões podem ter encontrado o “mapa da mina”. Uma fonte da Polícia que não quis se identificar adiantou que os marginais podem ter roubado cerca de R$ 300 mil em jóias.

Os bandidos armados renderam a moradora da Granja Sasaki quando ela saia da chácara onde mora com destino a cidade para levar o neto à escola. Os ladrões exigiram jóias e dinheiro. O fato de terem exigido jóias indicaria que foi um crime “encomendado” e fugiram em seguida levando também o carro da família, um Astra cor branca que foi localizado horas depois na estrada vicinal que liga Osvaldo Cruz a Sagres.

Uma coisa há em comum entre esse crime e o ocorrido no dia 8 de julho, também em Osvaldo Cruz: as vítimas facilitaram e “colaboraram” para mais cedo ou mais tarde o crime se perpetrar na ação delituosa de bando armado. O roubo aconteceu exatamente um dia após o empresário Edvaldo Marconato lamentar e falar pela primeira vez, sobre um dos roubos mais lucrativos até então para os bandidos na história de Osvaldo Cruz. Leia a integra da entrevista na reportagem do www.ocnet.com.br.

ROUBO MILIONÁRIO

Edvaldo MarconatoApós a prisão de uma dupla de suspeitos de participação naquele que é considerado o maior assalto em termos de valores divulgados até agora na história de Osvaldo Cruz, o empresário Edvaldo Marconato, um dos proprietários do supermercado vítima do roubo no último dia 8 de julho, em plena luz do dia, no Jardim das Bandeiras, quebrou o silêncio e revelou detalhes do crime.

O valor subtraído foi de R$ 262.160,28 e até agora nenhum centavo foi recuperado, apesar do esforço da Polícia Civil em identificar e prender três pessoas. Segundo o empresário, o crime foi em via pública e não dentro do estabelecimento, localizado na avenida Estados Unidos.

“Nós até então nos mantivemos em silêncio, a pedido da Polícia Civil, que estava trabalhando na prisão dos envolvidos. No dia dos fatos, por volta de 9h30, três funcionários com um carro da empresa descaraterizado levavam o malote do estabelecimento até o banco e foram abordados na esquina das ruas Argentina e Hungria. O crime, portanto, foi em via pública e não dentro do supermercado”, esclareceu Marconato ao acrescentar que dentro de sua loja há sistema de segurança completo. “Aqui dentro temos a maior segurança possível, inclusive com profissionais dentro da área de venda. O problema está na rua”, afirmou.

De acordo com o comerciante, dois dos bandidos estavam armandos com revólveres e abordaram os funcionários. Mediante ameaça levaram todo o malote e até agora nada foi recuperado. “A Polícia Civil segue nas investigações, mas adiantou que é muito difícil recuperar os valores”, frisou o empresário. Do total subtraído uma parte era destinada ao pagamento de fornecedores, outra era representada por pagamentos feitos por terceiros num correspondente bancário que havia no supermercado e um outro montante estava reservado a impostos”, detalhou Marconato ao acrescentar que até agora o prejuízo foi suportado pelo supermercado.

Prejuízo emocional e cobrança de atitude das autoridades

O comerciante destacou que muito mais do que o prejuízo financeiro, a perda de sensação de segurança e tranquilidade é um fator que abala todos os envolvidos. “Dinheiro a gente trabalha muito, vai levar um tempo, mas acaba recuperando. Mas todos nós, proprietários e colaboradores do supermercado, ficamos abalados. Estamos nos sentindo inseguros e também perdemos o serviço de correspondente bancário, ou seja, tanto nós quanto as vítimas e a população que usufruia dos nossos serviços para pagamentos de contas e outras obrigações foram prejudicados”, protestou Marconato.

“Eu sou um comerciante no setor de supermercado. O valor levado, caso estivesse conosco, seria utilizado para compra de mercadorias, pagamento de impostos, salários e serviços oferecidos à população. Se a vítima fosse um farmacêutico, provavelmente ele iria comprar medicamentos para sua farmácia, se fosse um empresário no setor calçadista, iria comprar sapatos e assim sucessivamente. Agora a pergunta que eu faço: e bandido? Faz o que com um valor desses nas mãos? Certamente o risco de compra de armas e drogas é muito grande. Como os presos são todos de Osvaldo Cruz é bem provável que esses valores possam ser utilizados na compra de armamento, entorpecentes e isso tudo vai ficar onde? Certamente aqui na cidade. Não é possível que numa cidade pequena como Osvaldo Cruz aconteça algo assim e em plena luz do dia”, afirmou Marconato.

O empresário afirmou que procurou autoridades da área de segurança pública, levou o fato ao conhecimento também da classe política da cidade e espera uma atitude no sentido de que algo de diferente possa ser feito pela segurança pública em Osvaldo Cruz. Mas muito pouco foi feito até agora. Na prática, Marconato recebeu apenas um ofício da Câmara Municipal, que teria enviado um expediente ao governador de Estado solicitando reforço no policiamento da cidade. Mas a pergunta que fica é: isso resolve? Ou Osvaldo Cruz vai continuar sendo tratada apenas como um número qualquer nas estatísticas policiais da Segurança Pública?

E as autoridades locais? Vão fazer o que? Enviar papéis apenas?

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