Renovação na Câmara de Tupã, era esperada no Executivo com a eleição de Gaspar

Com o voto de Telma Tulim (PSDB) como havia antecipado o blog, Valter Moreno Panhossi (DEM) foi eleito presidente da Câmara por 10 a 5. Vereadores da situação votaram no opositor José Ricardo Raymundo, “Ricardo Lajes Tamoyo” (PV). Telma Tulim reapareceu apenas após o encerramento da prorrogação. Na cobrança de pênaltis ela fez o gol, mas não saiu na foto da vitória política. 

A comemoração foi com uma selfie
A comemoração foi com uma selfie

O Vereador Caio Aoqui (PSDB) foi eleito 1º secretário por unanimidade. O presidente eleito Valter Moreno, o parabenizou e confessou que o líder do prefeito foi inclusive ameaçado durante o pleito. Luis Alves de Souza (PC do B) foi eleito 2º secretário da Mesa Diretora com 9 votos. Valter Moreno o chamou de competente e confidenciou que o opositor foi o mais pressionado pelo Executivo. Os vereadores da situação votaram em Tupãzinho.

Valter Moreno desmentiu tese de eleição limpa como afirmou Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP). Luis Alves foi à tribuna e disse que se sentiu ameaçado por defender a sociedade. O público presente nas galerias comemorou vitória de Valter Moreno. Caio Aoqui chorou durante agradecimento a votação que teve…

Valdir de Oliveira Mendes, Bagaço (PSD) disse que “aqueles que apostaram no fracasso do grupo perderam dinheiro e que a vitória foi histórica”. Amauri Sergio Mortágua (PDT) disse que a tentativa de comprar votos como fez o Governo do PT, foi um tiro pela culatra. Segundo ele, um mesmo grupo comandou o Legislativo por mais de 10 anos. Amauri confirmou que Telma se “bandeou” para a vitória no último momento.

O presidente eleito para o biênio 2015/2016, Valter Moreno defendeu a união para superar crise financeira de Tupã e relembrou a derrota de 2002, quando José de Jesus Manzano Martin, Nenê Manzano (PP) votou nele mesmo e o derrotou para a presidência da Câmara. Após discurso conciliador, Valter desabafou e falou sobre propina, ameaça a idosos, demissões e perseguições políticas. A fala do parlamentar contrariou o argumento do atual presidente da Casa.

Segundo Valter Moreno, a partir do dia 1º de janeiro será mantido parceria com o Executivo, mas será exigida transparência. Traçou um paralelo sobre a corrupção no Brasil e as tentativas em vão de comprar vereadores para mudar o voto para a eleição da Câmara de Tupã. Valter Moreno finalizou dizendo que o “saco político” pode ser um só, mas alguns parlamentares farão a diferença.

Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) disse no final da sessão extraordinária que a política é feita de elogios e pressões. “Ser presidente é administrar interesses de todos os vereadores que compõe a Câmara”. Ribeirão observou que desconhecia propostas financeiras para a eleição da Mesa Diretora da Câmara. “Se houve oferecimento de propina, o parlamentar deveria denunciar”, afirmou. No final do discurso Ribeirão confirmou a Caio Aoqui a existência de pressão durante o processo eleitoral…

O ex-prefeito de Tupã, Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) comemorou e chegou a ligar para alguns partidários para parabenizá-los pelo fato de fazerem parte da Mesa Diretora da Câmara com apoio da sua ex-líder Telma Tulim. A vitória desse grupo de vereadores é uma resposta tardia à expectativa criada em torno da eleição de Manoel Gaspar, em 2012. Ele representava outra vez a esperança de renovação da moralidade política, mas abriu mão da missão e escolheu o caminho do calvário e das lamentações. Agora não adianta chorar!

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