Era para ser simplesmente assim
Logo após a cerimônia oficial realizada no Anfiteatro “José Antônio Parra Gomes”, às 8h30, do dia 1º de janeiro, ao lado dos 15 vereadores (dez reeleitos e dos cinco eleitos), respectivamente, o prefeito Renan Pontelli (PSDB) e a vice-prefeita Joice Berni (Novo) foram recepcionados pelo ex-prefeito Caio Aoqui (PSD), na sala de reuniões “Jornalista Valter Zômpero” para registrar em livro a sua posse.
O registro faz parte da uma tradição de recepção e inscrição de nomeações para o cargo de prefeito desde 1.939, ainda quando não haviam eleições diretas. Só em 1.947, é que Alonso Carvalho Braga tornou-se o primeiro prefeito eleito de Tupã (SP).
Além daquele que deixa o poder, os que tomam posse e todos os cidadãos presentes podem assinar o documento. E foi durante a assinatura do livro que a principal imagem foi revelada, mas passou desapercebida e não foi capa dos principais jornais ou portais de notícia: Caio Aoqui entregando a caneta para seu ex-vice-prefeito – Renan Pontelli. A caneta é sua Renan.
Era para ser simplesmente assim, mas as circunstâncias alheias impediram que assim o fosse. A circunstância alheia é um fator imaginário que também inibe a vontade do agente, fazendo com que ele, sem querer, deixe de consumar um fato.
Por outro lado, independentemente de sua vontade estava escrito que Caio Aoqui entregaria de fato e de direito a caneta para Renan Pontelli. A caneta foi usada simbolicamente para expressar o sentimento de que, como vice-prefeito, Renan Pontelli não tinha autonomia para fazer, pois lhe faltava a caneta para assinar qualquer decisão.
Em tempo, durante a posse oficial, Renan Pontelli foi homenageado pelos filhos Lu e Rafa que lhe entregaram uma caneta tamanho “Itu”, simbolizando a esferográfica com a qual escreverá uma nova história política de Tupã. Veja vídeo
A caneta, inclusive, foi tema de debate promovido pelo então prefeito Caio Aoqui que tentava emplacar o seu sucessor – Wilson Quiles Junior, o “Quilão” e seu vice Lucas Hatano, ambos do PSD. Hatano até prometeu após o pleito se filiar no PL, possivelmente se obtivesse sucesso no pleito.
Em vídeo gravado por ele, o mostrava caminhando, com uma caneta na mão e se sentava numa mesa vazia com apenas a inscrição do nome “Renan Pontelli” , sugerindo que o seu adversário teria abandonado a cadeira que tinha no Paço Municipal e que, portanto, não seria merecedor de credibilidade popular.
Leia também: O golpe: Por que você não tá com seu vice?