Ribeirão foi protagonista desse fracasso. Das festas nababescas para a renúncia de todos os eventos turísticos. É o fim de tudo. Nem folia de Santo Reis. A ordem é arrecadar, pagar contas e cobrir o rombo financeiro provocado pela gastança desenfreada do início de mandato.
A tese de que R$ 1 milhão não faz falta num orçamento de R$ 136 milhões, perdeu sentido. Mesmo com uma previsão orçamentária de R$ 170 milhões para este ano, a prefeitura não pode gastar sequer R$ 60 mil, por exemplo, para ajudar as entidades durante a “Semana da Solidariedade”.
Depois de alguns dias de descanso no litoral paulista, o prefeito Manoel Gaspar (PMDB) iniciou sua primeira semana do último ano de seu mandato (2013/2016), antecipando praticamente o fim de um governo em que o chefe do executivo tupãense não conseguiu nem mesmo renunciar.
Não governou, não renunciou e decepcionou seu eleitorado. Não vai deixar saudades. Perdeu a grande oportunidade de ser lembrado pelo legado. Mas, hoje, é mais lembrado pelo pseudo sucesso de seu sucessor. Também ao sucedê-lo seguiu os mesmos caminhos dos descaminhos administrativos e um mesmo aliado: Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP). Mantém-se a tese: “quem dele se aproxima, amarga fracasso”. A parceria foi perfeita enquanto o dinheiro durou.
MEIA LUZ
A única “meia luz” no fim do túnel, talvez seja o “Natal de Luz”. Ainda assim, vai depender de dinheiro alheio. Sem dinheiro, a prefeitura deve manter-se funcionando até às 13 horas, durante todo o ano. Não haverá parceria para Exapit, nem para Cavalgada. Durante as festas juninas não haverá nem distribuição de pipoca.
Fórum de Debates é obsoleto. As quinze edições do evento serviram para demonstrar que não serve para promover o desenvolvimento do município. É apenas uma vitrine para palestrantes que às vezes não trazem qualquer conteúdo objetivo. É subjetiva também a solidariedade pública com as entidades assistenciais. Se as entidades quiserem promover a Semana da Solidariedade vão ter que se virar.
Enfim, a folia durou enquanto foi possível. Dois anos. Tupã Folia 2013, Tupã Junina, parceria com a Exapit, Cuiabano e Cia de Rodeio da Zona Leste, outra vez Tupã Folia (2014) e milhões de reais dos cofres públicos, saques na “boca do caixa”, investigação contra a Casa do Garoto e a venda dos camarotes, Gaspar assinando compromisso de devolução de dinheiro do Carnaval; entidade perseguida, denúncia no Legislativo e investigação do Ministério Público.
Depois de tudo isso, descobriu-se que era possível fazer folia com R$ 300 mil. R$ 600 mil na “boca do caixa”. Como se diz no jogo de caxeta, pifou o governo de Gaspar. 31 de janeiro de 2016 é hoje (6). Dia de Santo Reis. Gaspar renunciou a tudo. Agora ninguém assume. Que os Três Reis Magos – Melchior, Baltazar e Gaspar, salvem Manoel.