Uma enorme fila de advogados e familiares se formou para receber a vacina contra a influenza H1N1 e H3N3, mas só tinha 200 unidades.
A expectativa da categoria era de que pelo menos umas 1.500 unidades de vacina deveriam ser disponibilizadas para os mais de 500 profissionais da área, considerando que, cada um (a) levaria seu marido, mulher e no mínimo um filho. Mas, não foi isso que aconteceu. Existiam apenas duzentas vacinas e sequer a classe foi informada sobre a quantidade.
Além do que, não existiam critérios de prioridade. Para um número reduzido de vacinas teria que priorizar o grupo de risco: crianças, idosos, entre outros. As críticas surgiram rapidamente nas redes sociais. Todas elas dirigidas as presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Tupã, Wagner Fuin.
Após o anúncio de que ele é o virtual candidato a prefeito pelo PMDB, as críticas que antes eram veladas e se resumiam aos bastidores dos advogados, tomaram contornos maiores. “As Comissões da Ordem nunca funcionaram na gestão de Fuin, as prerrogativas só são lembradas às vésperas das eleições da OAB e não há nenhuma representatividade da função social da entidade”, pontuou um dos advogados que preferiu o anonimato.
SEM VANTAGEM
A categoria não vê vantagem nenhuma no fato do atual presidente da OAB ter uma suposta estreita relação com o presidente da Ordem de São Paulo, Marcos da Costa. Fuin e Costa teriam estudado na mesma Universidade. Marcos da Costa formou-se em 1986 pela Faculdade Metropolitana Unidas (FMU) e especializou-se em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie.
Fuin fez campanha para a reeleição de Costa durante a sua recondução ao cargo de presidente da OAB local e, mesmo assim, parece gozar de pouco prestigio. Até a OAB de Garça conseguiu viabilizar mais vacinas para imunizar a categoria do município. Já Tupã com o dobro de advogados apenas 200 unidades.
ALTO CUSTO
Pelo que se observa, Wagner Fuin começa encontrar resistência política diante de suas pretensões de chegar ao Paço Municipal dentro da própria categoria que o reconduziu à presidência da entidade. A “virose” lançada pelo prefeito Manoel Gaspar (PMDB) e Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) não pegou.
A falta de organização, planejamento e de jogo de cintura de Fuin para conquistar remédio para imunizar a sua classe, demonstra o quanto poderá sofrer para satisfazer os múltiplos interesses de uma população de 65 mil habitantes, caso prospere sua intenção de ampliar seu “colégio eleitoral”.
E o pior, as vacinas para os advogados não são gratuitas. Elas são adquiridas pela CAASP – Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo e com ágio de 100 por cento são repassadas para as subseções da Ordem. Só tem direito a vacina quem estiver em dia com mensalidade que custa R$ 1080,00/ano para cada profissional.
Resumindo, os advogados que foram para uma fila desnecessariamente e que levaram filhos ou idosos e não receberam a dose, entendem que faltou no mínimo empenho do presidente da OAB, Wagner Fuin, em cobrar do seu amigo de estudo e de campanha – Marcos da Costa um número maior de vacinas. Nesta balada, Fuin precisa se imunizar rapidamente antes que seja atingido pelo vírus da falta de disposição para lutar pela sua categoria.
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Carlos Henrique Ruiz Lamentável
Marco Aurélio Não devia nem cobrar pela anuidade cara que pagamos.