Água Sanitária IV: prefeitura de Tupã deixa de comprar produtos de empresa fantasma

Antes da denúncia, produtos de limpeza eram adquiridos de duas empresas que podem ser do mesmo dono e estão sendo investigadas pelo Ministério Público. Ribeirão também teria sido sócio de uma das empresas instaladas na Rua Joaquim Abarca.

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Quarenta dias depois da última reportagem feita pelo blog, “Água Sanitária III”, em 17 de abril, a prefeitura de Tupã voltou a efetuar compras de materiais de produtos de limpeza. Os contratos de números 176/15 a 179 e dos 180 ao 183/15, foram feitos através de carta convite com outras duas empresas tupãenses: Bellimp Comércio de Produtos de Higiene e Limpeza Eireli EPP e a W. Sanches Cia Ltda, respectivamente.

Os 8 contratos foram divididos 4 para cada uma e somados totalizam R$ 71.761,80, conforme publicação feita em 30 de maio, no jornal que publica os atos oficiais do município. O curioso é que, os materiais serão fornecidos para 4 entidades apenas: CRAS Sul, CRAS Leste, Projeto Jovem Talento e CREAS Sul e cada empresa vencedora fornecerá um lote de material para cada uma das entidades.

É como se a compra feita em uma das empresas não fosse suficiente para atender as necessidades da prefeitura ou teria havido um acordo para cada uma faturar em partes iguais? Os contratos não foram divididos quase que de forma equivalente. A Bellimp vai faturar R$ 36.971,50 e a W. Sanches R$ 34.790,30.

ENTENDA O CASO

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Prédios “abandonados”, localizados à Rua Joaquim Abarca, 636 e 638 e que já abrigaram outras três empresas do ramo, atualmente é a sede de uma das fornecedoras da prefeitura de Tupã. A Prefeitura gastou cerca de R$ 1 milhão na aquisição de produtos das empresas Ismael Carlos de Souza Tupã – ME, e a Merco Clean – Sistema de Higienização e Limpeza Ltda., envolvidas num suposto esquema dirigido de licitação para a venda de produtos de limpeza.

No mesmo endereço já funcionaram empresas que, segundo as informações pertenceram ao vereador Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP) e Nilvaldo Gomes, “Q’Boa”. Porém, segundo essa mesma fonte, as empresas instaladas no local em meados dos anos 90, apareceriam nos nomes da mulher e da filha do suposto sócio do parlamentar. Mesmo sem ter conhecimento da denúncia feita pelo vereador Luis Alves de Souza, “Luizinho” (PC do B), Ribeirão saiu na defesa dos empresários.

As três empresas que atuaram com a mesma atividade na Rua Joaquim Abarca são: H Flex, GC Gomes e Cia Ltda e Nioon Comércio de Produtos para Higienização Ltda ME. As empresas ainda estariam ativas e todos os supostos donos possuem sobrenome Gomes. Suas atividades também são do mesmo período em que surgiu a empresa Ismael Carlos de Souza: começo de 1995.

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