Gaspar contou com apoio de José Maria de Oliveira, “Zé Maria” (PROS), mas, perdeu o voto do desertor Luis Carlos Sanches (PTB) e da incoerente Telma.
Em pouco menos de 10 minutos, a vereadora Telma Tulim (PSDB), provou a ela mesma por que não é confiável e traiu sua própria consciência. Como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, ela deu parecer favorável a aprovação do projeto de lei que pretendia vender área rural pertencente ao patrimônio público. Foi à tribuna para justificar o parecer e o motivo pelo qual votaria a favor do projeto de lei complementar e, de repente, pressionada pelo público presente na sessão – votou contra.
Por oito votos contra sete a favor da iniciativa, a parlamentar ajudou a oposição e emplacar mais uma sonora derrota ao executivo. O voto da vereadora deixou um dos líderes do prefeito Manoel Gaspar (PMDB) irritado. Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) deixou a sessão afirmando que o blog tem razão quando critica a parlamentar pelas suas atitudes de ficar com os pés em dois barcos.
ESSE NÃO RESOLVE
Apesar disso, Ribeirão não admite que ele seja a razão do fracasso da administração de Manoel Gaspar. Aliás, nem o próprio prefeito aceita essa tese: “O pessoal tem inveja do Ribeirão e quando precisa é ele quem resolve”, usando palavra de slogan de campanha do edil. Porém, ultimamente, Ribeirão não tem conseguido resolver nada. Nem criar dificuldades para vender facilidades.
Sem o dinheiro do executivo e sem o poder no Legislativo, Ribeirão tornou-se um vereador comum. Incomum é o hábito do vereador de não ter preocupação com o moral na administração pública.
Só nos últimos dias ele foi citado pelo blog por duas decisões de interesse meramente pessoal: deu título de Cidadão Tupãense para o fanfarrão e acusado de corrupção pelo FBI, Marco Polo Del Nero que à época presidia a Federação Paulista de Futebol (FPF). A sessão foi bem ao estilo do libidinoso presidente da CBF com direito a farto cardápio na Cachaçaria em Tupã.
A propósito, na sexta-feira (4), Ribeirão também destinou ao deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), o mesmo título. Motivo: quis se redimir da traição contra o deputado. Ribeirão quase o passou para trás na tentativa de angariar para si, os louros sobre a conquista do Instituto Federal. O caso foi confirmado inclusive pelo prefeito de Queiroz, Walter Rodrigo da Silva (PT), quem de fato intermediou os contatos, como admitiu Gaspar.
SEM CREDIBILIDADE
A oposição ontem foi feliz diante do insucesso da administração Gaspar. Com uma tese contraditória, Ribeirão se viu acuado quando questionado pelo vereador Luis Alves de Souza (PC do B). “Não era o senhor que dizia que R$ 1 milhão para o Tupã Folia não fazia falta dentro de um orçamento de R$ 136 milhões?”. Se o projeto de venda da área fosse aprovado à prefeitura embolsaria em torno de R$ 900 mil. “Mas essa administração não tem credibilidade. Em 2013 e 2014 não existia crise e como a prefeitura contraiu um déficit de mais de R$ 10 milhões”, questionou Amauri Sérgio Mortagua (PDT).
Como presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Mortagua deu parecer contrário à venda do patrimônio rural e manteve o voto ao contrário de Telma Tulim. Nesta manhã, Gaspar já deve ter lavado a roupa suja. O pior é que continua encardida. Com a palavra a maçonaria.
ERRATA: vereador Ricardo Raymundo (PV) é o Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, e relator do PLC 21/2015 sobre a venda do imóvel rural e não Amauri Mortagua, como divulgamos de forma equivocada. Raymundo deu parecer contrário à venda, baseado no artigo 17 da Lei 8666/93, por falta de interesse público devidamente justificado para a alienação de bens da Administração Pública, acreditando que tal venda poderia trazer prejuízo ao Erário público.
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