Categoria:

Após eleições, Câmara coloca pressão no prefeito Caio Aoqui

Além de receber críticas por apoiar candidatos de fora, proposta que visava remanejar recursos foi rejeitada. O objetivo é forçar a liberação de      emendas impositivas.

O prefeito Caio Aoqui (PSD) percebeu na noite desta segunda-feira, dia 3, – 24 horas depois de comemorar a passagem de Tarcísio de Freitas (Repúblicanos) para o segundo turno das eleições para governador, que sua vida não será nada fácil a partir de agora, às vésperas de acontecer as eleições da Câmara.

Essa terça-feira (4) foi de reuniões, exigências e até discussões ríspidas entre parlamentares de oposição e o prefeito Caio Aoqui.

Foi o decano Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP), que se encarregou de dar o tom do jingle: “Tarcísio me leva”. O edil foi duro com os votos levados para fora, através de apoios do chefe do Executivo para candidatos de outras localidades.

Além disso, o Poder Legislativo de Tupã rejeitou um Projeto de Lei (PL) de autoria do Poder Executivo que tratava da abertura de crédito de R$ 23,6 milhões para suplementar dotações orçamentárias.

O PL 62/22 era o único projeto da pauta e foi encaminhado pelo prefeito Caio Aoqui, visando autorização dos vereadores para abertura de crédito de R$ 23.602.000,00, para suplementar dotações orçamentárias do Executivo, com recursos advindos do excesso de arrecadação do exercício de 2021, além de anulação de dotações orçamentárias.

Em sua justificativa, o prefeito especificou – como fonte do crédito – superávit do ano passado, no limite de R$ 7.090.000,00. Já os outros R$ 16.512.000,00, são procedentes da anulação parcial de outras dotações (despesas) orçamentárias de 2022.

A destinação indicada, em caso de aprovação do projeto, seria pagamento de pessoal e outros serviços de terceiros (Pessoa Jurídica).

IMPOSIÇÃO

Paulo Henrique Andrade (PSDB) também pressiona

Mas essa pressão tem um motivo: as emendas impositivas que até agora o prefeito Caio Aoqui não liberou para os parlamentares.

Durante toda essa terça-feira (4), várias reuniões foram realizadas com as bancadas para conter os ânimos exaltados.

As emendas parlamentares impositivas são a parte do orçamento público, cuja aplicação é feita pelo Executivo e indicada por vereadores. Recebem esse nome porque são realizadas por meio de emendas ao projeto de lei orçamentária, que é votado anualmente pelos parlamentares para o ano seguinte. Assim, cada parlamentar pode “financiar” obras ou projetos nos municípios, como a compra de ambulâncias ou a construção de equipamentos públicos.

OS VOTOS

O ex-líder do prefeito, Gasparetto (PSD) seguiu a votação contrária

A votação foi feita de forma nominal. O projeto recebeu votos contrários dos vereadores Antônio Alves de Souza, o “Ribeirão” (Progressistas), Augusto Fresneda Torres, o Ninha (PSD), Cláudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo” (Progressistas), Cristina Vicente dos Reis Fernandes, a “Professora Cris” (PC do B), Eduardo Alexandre Sanches, o “Du do Serv Festa” (Podemos), Marcos César Gasparetto (PSD), Paulo César Soares, o “Paulo da Farmácia” (PSD), Paulo Henrique Andrade (PSDB) e Renato Fresneda Delmori, o “Renatinho da Garagem” (PL).

O Projeto de Lei teve manifestação favorável de Alexandre Scombatti (PL), Antônio Brito (PV), Pastor Eliézer de Carvalho (PSDB), Israel Veloso Neto, o “Tutu” e Lucas Hatano (PSD).

DE FORA TAMBÉM

Ribeirão defendia apoio a Thiago Santos

Ribeirão criticou o prefeito por apoiar candidatos a deputados estaduais de fora nas eleições de 2 de outubro – Ricardo Madalena (PL), de Santa Cruz do Rio Pardo e Caio França (PSB) – Baixada Santista, em detrimento do empresário Thiago Santos (PL).

Por outro lado, Ribeirão também apoiou candidato a deputado federal de outra região, Mauricio Neves (PL), em eventual prejuízo do tupãense Luiz Carlos Motta (PL).

Para obter sucesso no pleito o ex-vice-prefeito, Thiago Santos precisava, segundo ele, de pelo menos 28 mil votos, mas viabilizou um terço do necessário – 9.780, dos quais, 7.670 em Tupã.

A verdade é que todos os votos de Tupã seriam insuficientes para elegê-lo. O candidato a deputado estadual pelo PL, pastor André Bueno teve mais de 60 mil votos e ficou apenas como primeiro suplente.

O candidato Neves foi eleito com 129.731 votos no estado, mas em Tupã, teve apenas 737 votos, e ficou em sexto lugar, apesar da grande publicidade.

À frente dele ficaram: Walter Ihoshi (PL) – 8.548, Motta – 6.182, Eduardo Bolsonaro (PL) – 1.169, Jefferson Campos (PL) – 1.132 e Carla Zambelli (PL) – 859.

Leia também: ESPADIM: “Eu não fui atrás do Bolsonaro”, disse Caio Aoqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe nas redes sociais

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Artigos relacionados

Nome do Evento

Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit dolor

Nome do Evento

Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit dolor