Prefeitura garante que o prédio tinha alvará de funcionamento e estava dentro das normas de segurança.
O comando do Corpo de Bombeiros de Tupã negou nesta segunda-feira (29) qualquer falha nos equipamentos de combate a incêndio e que os mesmos tenham prejudicado os trabalhos de tentativa de debelar as chamas que queimaram o prédio do Banco do Brasil 2, localizado na Rua Aimorés. O sinistro aconteceu na noite de sábado (27).
O fogo iniciado nos fundos do prédio originalmente construído para abrigar a Nossa Caixa era pré-moldado, em estrutura de alumínio, com madeira compensada nas divisórias e lã de vidro. O material de fácil combustão fez com que o fogo propagasse rapidamente e surpreendeu até os bombeiros.
Informações de que um hidrante instalado nas proximidades do Banco do Brasil e que a escada com plataforma elevada, não teriam funcionado foram desmentidas pelo sargento Evaristo Quinqüio Filho. “Nós não temos escada magirus e a plataforma só é utilizada para prédios com mais de dois pavimentos e ali não era o caso. Quanto ao hidrante preferimos usar o nosso instalado no quartel que possui mais pressão e a área é de boa iluminação”, disse o sargento em entrevista à Rádio Cidade FM.
O secretário de Planejamento, Infra-estrutura e Obras e presidente da Defesa Civil do Município, Valentim Cesar Bigeschi, explicou que nem houve a necessidade de usar hidrante. “Assim que o Corpo de Bombeiros foi chamado, a prefeitura também foi informada e automaticamente encaminhamos para o local, caminhões pipa que ficaram de prontidão para qualquer eventualidade”.
ESCOMBROS
O prédio que ficou completamente destruído e com risco de desabar foi isolado para impedir qualquer acidente. Os escombros devem ser retirados com maquinários pesados como pá-carregadeira, caminhões e outros. Um tapume isola o passeio público à área incendiada, mas há um outro risco: os pedestres precisam se aventurar entre os carros para passar pelo local. A atenção deve ser redobrada tanto por parte dos transeuntes como pelos motoristas para evitar acidentes.
O FOGO
O incêndio começou pela parte dos fundos. Uma equipe que estava trabalhando na reforma interna do prédio tinha acabado de sair quando um pedestre, passando pela Aimorés, viu fumaça e avisou a polícia. Felizmente não houve vítimas. O pessoal da manutenção que estava trabalhando na reforma interna do prédio tinha acabado de sair.
Só agora, passado o susto, se chega à conclusão de que construções desse tipo não deveriam ser autorizadas a funcionar pelo perigo que representam em caso de incêndio. Apesar disso, segundo a Prefeitura o prédio tinha alvará de funcionamento e estaria dentro das normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros.
A Polícia Técnica que havia iniciado a perícia no domingo (28) teria concluído o serviço na manhã desta segunda-feira (29). As causas do incêndio devem ser apontadas num laudo que deverá ser concluído dentro de um prazo de 30 dias. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil, também com a finalidade de apurar as circunstâncias do incidente.