Prefeito passa a “boiada” e aprova criação de mais de 100 cargos comissionados, com um único voto contra: “Claudinha do Povo”.
O gasto em quatro anos será de mais de R$ 22,4 milhões para arcar com a folha de pagamento para os mais de 105 cargos previstos na reforma administrativa.
Apesar de eventualmente assediada pelo prefeito Caio Aoqui (PSD), a vereadora Claudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo” (PP) votou contra o projeto, porém, em segunda discussão, por ser virtual a sessão, a parlamentar não se manifestou.
O voto desfavorável de Claudinha não foi suficiente para segurar o volume negociado pelo prefeito Caio Aoqui (PSD). Cargos, inclusive, por indicação de vereadores que aprovassem o plano “Acelera Tupã” ou “Tupã tem Pressa”, conforme definiu o Executivo.
Literalmente o chefe do Executivo tupãense passou a “boiada” – numa alusão ao governo Bolsonaro que sugeriu a distração da nação e da imprensa com as mortes provocadas pela pandemia de Covid-19, para aprovar leis que prejudicavam o meio ambiente.
O ex-ministro da pasta, Ricardo Salles sugeriu “passar a boiada”.
No apagar das luzes de Natal, o projeto 27/2021 iria ser votado às “escondidas” se o blog não tivesse divulgado a intenção oculta da convocação da sessão extraordinária. Apesar disso, o projeto foi aprovado por maioria absoluta.
Os vereadores que votaram favorável deram justificativas evasivas do tipo – estamos confiando no prefeito e ele garantiu que tem dinheiro. A criação de cargos vai ser bom para a população.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Marcos Antônio Barbosa, o “Borracha”, disse que vai entrar na Justiça contra a decisão da Câmara e do prefeito Caio Aoqui, em criar dezenas de cargos em comissão.