Nos últimos dias, o grupo sofreu forte pressão de grupos democráticos.
Os bolsonaristas insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições, em 30 de outubro, retiraram os veículos que obstruíam a passagem nos dois sentidos de uma das principais avenidas de Tupã.
Em protesto que já durava cerca de 20 dias, os manifestantes pediam intervenção militar ou federal e aguardavam uma suposta auditoria das urnas feitas pelo Exército e que apontaria fraude no processo eleitoral.
A avenida interditada é passagem obrigatória de centenas e centenas de trabalhadores que vão e retornam, e é artéria que descarrega para vias transversais um grande número de veículos.
A desobstrução aconteceu após pressão da própria população, segmentos democráticos organizados e o registro de alguns incidentes no começo da semana, com desentendimentos entre eleitores de Bolsonaro e uma família que se utilizava da via pública.
A outra pressão foi no campo político, quando o vereador Paulo Henrique Andrade (PSDB) foi acusado de liderar os manifestos ao lado de outros políticos como o próprio prefeito Caio Aoqui (PSD), o ex-prefeito Ricardo Raymundo (PV) e o ex-candidato a vice-prefeito e empresário “Toninho da G-10), além de empresários maçons e de gente do agronegócio.
O vereador se safou ontem à noite da admissibilidade de um pedido de impeachment, mas ainda é investigado pelo Ministério Público Estadual, sob suspeita de atos ilegais e antidemocráticos.
A subsecção da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, também repudiou os atos ilegais.
Leia ainda: Cerco ao Quartel pode determinar eleição da Câmara de Tupã
– O Estado democrático de direito não admite perseguições e atos de coação, como os que vem ocorrendo com a divulgação com lista de boicotes a advogados, comerciantes e profissionais liberais em razão de supostos posicionamentos políticos adotados por referidas pessoas no último processo eleitoral”, diz a nota, sem assinatura.
Leia também: Protestos em Tupã reúnem empresários e políticos maçons