O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), mandou afastar o senador Aécio Neves (MG), do mandato. A Polícia Federal faz nesta quinta-feira uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar no Rio de Janeiro e em Brasília.
No Rio, as buscas acontecem nos apartamentos de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito de Cunha.
O procurador da República Ângelo Goulart Villela, que atua no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi preso na mesma operação. Fachin também expediu mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Eduardo Cunha.
As medidas são consequência de uma delação premiada e denúncias apresentadas pelo empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, que apresentou uma gravação em que Aécio pede R$ 2 milhões.
No áudio gravado por Joesley, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. Aécio Neves é alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados à Lava Jato.
O Senado informou à TV Globo que ainda não recebeu oficialmente o mandado do ministro do Supremo que mandar afastar Aécio do parlamento.
Além de afastar o senador do PSDB, Fachin expediu um mandado de prisão contra a irmã e assessora de Aécio, Andréa Neves.
Fonte: Giro Marília