22.491 – 72,43% dos votos válidos significaram apoio irrestrito ao jeito Caio Aoqui (PSD) de comandar o governo tampão, após a cassação de Ricardo Raymundo (PV). Em plena pandemia e com 31% de abstenções, a maioria do eleitor tupãense deu ao jovem político a oportunidade de empreender seu próprio estilo pelos próximos 4 anos.
Em 2024, o eleitor vai avaliar e comparar o Caio de antes com o próprio Caio atual.
Portanto, o Caio de hoje não pode ter receio de absolutamente nada. O que foi feito no passado recente já não serve como comparativo para o atual mandato.
O momento é outro e as necessidades serão novas. Já as oportunidades poderão ser únicas.
O governo que oficialmente iniciou-se a partir da posse, em 1º de janeiro, na pratica efetivamente começa andar nesta segunda-feira, dia 4.
Caminhar agora com a próprias pernas e braços de colaboradores (secretários e diretores) cargos de confiança e de trabalhadores efetivos da administração pública.
SECRETÁRIOS
Por falar em secretários, a maior especulação no momento é em relação a uma eventual possibilidade de mudança no primeiro escalão.
Isso é possível por causa da coligação do partido do prefeito PSD com o PSDB de Renan Pontelli. Até por isso, é dado como certo a ida de Telma Tulim para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).
No governo de Ricardo Raymundo, a ex-vereadora comandou a pasta. Foi substituída por Leusia Flávia Pires Romano e, em seguida, pela atual – assistente social Patrícia Fernandes Soares.
Para abrigar integrantes de outros partidos como o PL, Caio Aoqui pode desmembrar a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. Manter José Rodrigues, o Zé Vinagre em uma e nomear Valter Moreno Panhossi na pasta de Agricultura.
Na Cultura, a despeito da briga de bastidores travada entre o ex-vereador Charles dos Passos Sanches (PSDB) e Renato Rosa (PSD), é provável que Caio ache mais prudente levar para o cargo o colega de partido.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior é estratégica para o governo, assim como a de Turismo. Estas pastas, o prefeito deve mantê-las com pessoas de sua estrita confiança.
O parlamentar Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP) diz que vai fazer parte do governo e não esconde de ninguém seu interesse em comandar as questões relacionadas ao desenvolvimento econômico. No terceiro mandato de Manoel Gaspar (MDB), Ribeirão tinha sobre seu domínio também a Secretaria de Turismo.
Por outro lado, há quem diga que essa participação de Ribeirão no governo de Caio Aoqui não deve acontecer.
Durante as eleições, a propaganda de Ribeirão pedia voto apenas para ele. A colinha não especificava o nome de nenhum dos cinco candidatos a prefeito.
O prefeito Caio Aoqui já pensa em recuar na possível criação da Secretaria de Comunicação para abrigar o jornalista Tiago Petenucci – atual secretário legislativo de Comunicação da Câmara Municipal.
Na verdade, nem haveria essa necessidade. Desde o governo de Manoel Gaspar, a comunicação da Prefeitura vem sendo exercida pelo secretário de Relações Institucionais. Apenas no governo de Ricardo Raymundo essa titularidade não foi ocupada com a finalidade de comando sobre a comunicação da administração.
SUBSECRETARIAS
Com receio da opinião pública, Caio Aoqui, além de não enviar para a Câmara a criação de uma Secretaria específica para comandar a comunicação da Prefeitura, também pode dividir outras pastas – criando Subsecretarias ou Divisões para atender pleitos de partidos que o apoiaram: é o caso da Secretaria de Planejamento, Obras e Trânsito.
Uma Divisão de Trânsito poderia abrigar algum militar aposentado que não se reelegeu, como são os casos de Osmídio Fonseca Castilho (PL) e Gilberto Capitão Neves Cruz (PSD).
Segundo as informações, depois de exercer a função de coordenador da TV Câmara, Capitão Neves queria mesmo é a Secretaria de Relações Institucionais.
Da mesma forma, existe também a possibilidade de criar uma divisão na pasta de Esportes para atender ao PL.
A sugestão também é um indicativo de que Marco Pinheiro pode continuar como titular da pasta. Celso Bozza (PL) já teria sinalizado de que não pretende ser secretário de Esportes.
Administração, Educação, Finanças, Governo, Jurídico, Saúde, Planejamento e Obras e Turismo devem ser mantidos os atuais secretários, segundo informações extraoficiais.