Polícia investiga participação de terceiros e possível sumiço de animal. Larissa pode ter sido asfixiada com um arame.
Detido no final da manhã desta segunda-feira (30) o caseiro da fazenda em Parapuã, onde Daniel Molina Pozzetti, 25 anos, e Larissa Rossi Auresco, 21 anos moravam pode significar o fim do mistério envolvendo a morte do casal adamantinense. A princípio, ele nega envolvimento no duplo homicídio e diz ter fugido e se refugiado no mato temendo represálias pelo fato ocorrido.
Essa confissão de eventual culpa ou de ter conhecimento sobre algo que possa levar à Polícia a elucidar o crime, também remete para a suposta participação de terceiros nas mortes com requinte de crueldade. O suspeito trabalha na propriedade há seis (6) meses e seria morador de Rinópolis. Na sexta-feira (27) ele teria sido visto por uma testemunha em um bar. A testemunha seria um ex-funcionário da fazenda que teria ouvido inclusive o suspeito dizendo que iria cometer o crime.
Os corpos do casal foram encontrados na manhã de sábado (28) carbonizados e abraçados no bairro Vitória, onde existe um lixão. Distante dos corpos 25 metros estava o veículo também queimado. A pizza que o casal havia comprado na noite anterior estava torrada no interior do pick-up – Saveiro cor preta placas de Adamantina.
Daniel e Larrisa foram sepultados neste domingo (29) em Adamantina onde residem familiares das vítimas. Informações ainda extraoficiais dão conta que Larissa pode ter sido esganada por um fio de arame. O resultado do exame necroscópico dos restos mortais carbonizados até para confirmar a identidade das vítimas deve ficar pronto dentro de 30 dias.
Se for confirmado o desaparecimento de um animal suíno da fazenda pode em tese caracterizar que teria ocorrido um furto e o casal flagrado o crime e, por isso, foi assassinado (roubo seguido de morte). “Mas nenhuma outra hipótese ainda está descartada pela Polícia”, informou o sargento Nivaldo Fernandes, em entrevista à Rádio Cidade FM.
Daniel e Larissa chegaram a Parapuã na noite de sexta-feira, por volta das 21h15 e se dirigido à fazenda às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425). Após chegar a cidade, o casal teria ido até um restaurante, pedido uma pizza e ido à agência bancária para sacar dinheiro e pagar a pizza. Em seguida o casal foi até a propriedade onde supostamente tudo aconteceu. No local onde os corpos foram encontrados existiam marcas de arrasto o que indica que o casal já estava morto ou desfalecido.
Outras testemunhas ouviram barulho, mas não souberam informar se de tiros ou os pneus do veículo estourando após o incêndio. Outras testemunhas afirmaram ter presenciado o pick-up – Saveiro chegado à fazenda, mas não seria possível afirmar se antes ou depois dos crimes praticados. Um inquérito foi instaurado e as investigações prosseguem de forma mais adiantada com a detenção do caseiro da fazenda.