Depois da esposa, agora outro integrante da árvore genealógica do deputado federal Evandro Gussi aparece como funcionário do deputado estadual Reinaldo Alguz. Juntos, pai, filho e nora podem ter custado aos cofres do estado até R$ 3 milhões.
O modus operandi é o mesmo. De primeiro de julho de 2010 a 19 de dezembro de 2014, o advogado José Reinaldo Gussi apareceu na folha de pagamento da ALESP – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Ele também faz parte da executiva do PV em Dracena.
Lotado no gabinete do deputado estadual Reinaldo Alguz (PV) ocupou o mesmo cargo do filho Evandro Gussi e da nora Joice Raquel Ubeda Hadda Gussi. Ora, como assessor especial parlamentar e ou assessor técnico parlamentar. Todos salários que ultrapassam a casa dos R$ 12 mil.
A descoberta surgiu durante investigação do blog iniciada há pelo menos 10 dias, para confirmar os dados “vazados” possivelmente pelos próprios integrantes do PV – Partido Verde, ala contrária a ação “paroquial” que originou na silenciosa eleição de dois parlamentares oriundos da Alta Paulista – Reinaldo Alguz e Evandro Gussi.
Natural de Tupã, mas residente em Dracena, Alguz carregou o prudentino Gussi, morador em Tupã por todo o estado de São Paulo. A dobradinha/sociedade resultou em 122.900 votos e 109.591, respectivamente para a dupla.
PAPAI “VERDE”
Também é de Dracena, base eleitoral de Alguz que vem o outro integrante da família Gussi ávido por um salário estatal.
O criador se lembrou de que “em nome do pai e do filho” é possível seduzir toda a irmandade com sentimento de bondade. A bonificação sai do bolso do contribuinte.
Considerando a equiparação de cargos e salários de Evandro Gussi e de sua esposa como funcionários da ALESP, e do pai, nos 4,7 anos ou 55 meses de “serviços prestados” ao estadual Reinaldo Alguz, o advogado José Gussi sacou dos cofres públicos cerca de R$ 700 mil.
Gussi pai, Gussi filho e a nora custaram aos cofres do Estado em torno de R$ 3 milhões entre salários, férias, 13º e encargos. Tudo isso dentro da lei, mas fora da moralidade e da ética apregoadas nos conceitos da política de servir ao cidadão, mas pelo jeito imperou o self-service – onde os próprios se serviram da “coisa pública”.
O blog procurou nos últimos dias obter resposta sobre todos estes questionamentos, mas nenhum dos parlamentares deu retorno até a publicação dessa matéria.
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