Sem maioria na Câmara, e desentendimentos causados por vaidade política podem determinar o rompimento de mais um vice-prefeito. Aoqui, no caminho de Cesar Donadelli (PSDB) e de Thiago Santos (PSB), nos governos de Waldemir e Gaspar, respectivamente.
Oito meses depois de uma vitória inesperada de José Ricardo Raymundo (PV) e Caio Aoqui (PSD) uma profunda crise político-administrativa provoca incertezas sobre a administração do PV – Partido Verde. A inexperiência gerencial e a falta de vocação política, aliadas a interesses externos têm acentuado a incapacidade de fazer a máquina pública se movimentar.
O momento é de apreensão sobre o amanhã. Intrigas causadas por gente de fora da administração é um dos problemas que tem atrapalhado a administração de Ricardo. Influenciado por terceiros, muitos oportunistas e a passividade do chefe do Executivo colaboram para causar toda a tensão verificada na semana anterior.
Nesta segunda-feira (21) é possível que novas medidas serão tomadas não para melhorar o andamento da governança, mas servirão mais para dividir definitivamente a junção de esforços que levaram Ricardo e Caio à vitória em outubro de 2016.
O que se vê, é uma quebra de braço “invisível” dentro do atual governo. De um lado a intenção de Ricardo e Caio sobre uma possível administração que ficou no passado, e de outro, um grupo fantasmagórico que cerca o prefeito com uma visão imaginária. São dois: os verdes e os maçons, e que aliás, o prefeito e o vice comungam a mesma teoria. Este é o principal problema. Na pratica, tudo é diferente.
As influências dos dois grupos tumultuam o dia a dia da administração. Não dá para servir a dois senhores ao mesmo tempo. E, o principal prejudicado é a população. Agora, o momento é para posicionamento. Ricardo Raymundo precisa bater na mesa e gritar – “o que está em jogo é o meu CPF” – como disse na apresentação de seu secretariado na ACIT – Associação Comercial e Industrial de Tupã, na manhã do dia 13 de dezembro.
Na pratica, Ricardo Raymundo se perdeu. Esqueceu o que disse e virou joguete nas mãos de uns e de outros, entre os quais, o deputado federal Evandro Gussi (PV). Ao referenciar esta eminência parda, o prefeito abre mão do principal: os seus eleitores e os seus cidadãos que acreditaram em sua proposta.
A proposta inicial era de união, um por todos e todos por uma NOVA TUPÃ. Agora é olho por olho e dente por dente. Há uma divisão – entre eles (verdes) e nós, da mesma forma em que o PT causou ao defender-se das investigações sobre corrupção. Os irresponsáveis nunca admitem o erro, mas apontam para os outros.
O blog criado pelo seu idealizador para ser usado como ferramenta de divulgação de bastidor político e de combate à corrupção, diante do cerceamento de liberdade imposto pelos meios de comunicação, tem se mostrado ao longo do tempo, um termômetro dos equívocos políticos vividos em Tupã.
O ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) admitiu após deixar a prefeitura, de que as denúncias feitas pelo diário on line deveriam ter sido consideradas por ele. No segundo mandato dele, a corrupção prosperou e cerca de 30 obras paradas ainda causam prejuízos ao município.
Os desvios de recursos públicos das obras inacabadas impactaram a administração de Manoel Gaspar (PMDB). Ele também foi alertado sobre as influências maléficas de terceiro mandato. A administração foi acusada de diversas irregularidades com prejuízos aos cofres públicos. Gaspar deixou a prefeitura com seu legado político maculado. Outras consequências ainda virão.
Já o atual prefeito Ricardo Raymundo pode se recuperar, mas já demonstrou fraqueza logo no início de governo, quando tinha tudo para fazer diferente. Ainda possui a mantra de uma administração honesta, mas com transparência duvidosa. Ricardo Raymundo parece vendido em meio a lobos sedentos – também chamados de “amigos do poder”. Estes sugam suas vítimas. Tupã está cansada de ser devorada por sanguessugas de crenças duvidosas.