Projeto de Habitação do governo estadual terá investimento de R$ 1 bilhão durante 4 anos e irá contribuir na geração de emprego e renda.
Com o “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal em crise, o governo do Estado de São Paulo lançou nesta quarta-feira, 25, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, o programa Nossa Casa, que prevê R$ 1 bilhão de investimentos para a construção de 60 mil moradias até 2022.
Na cerimônia desta quarta-feira estavam presentes mais de 100 prefeitos de municípios paulistas, além de empresários do mercado imobiliário e o gerente regional da CDHU em Marília, Fernando Itapuã que tem sob sua jurisdição 51 municípios.
O PROGRAMA
O programa Nossa Casa, da Secretaria da Habitação, irá oferecer cheques moradias de até R$ 30 mil para famílias com renda de até três salários-mínimos. Elas terão que arcar com financiamentos em torno de R$ 60 mil, que serão divididos em parcelas mensais de R$ 450. Em muitos casos, conforme a localização do empreendimento, as parcelas poderão ser menores. Terão prioridade as famílias que recebem auxílio-moradia.
As prefeituras irão definir as famílias que serão atendidas, seja com abertura de inscrições ou atendimento de famílias já cadastradas.
O programa funcionará baseado na emissão de cheques moradia, com a cessão de terrenos municipais, participação da iniciativa privada e subsídios municipais, estaduais e federais. O Nossa Casa permitirá uma redução no custo das moradias porque negociará com as incorporadoras e loteadoras preços e condições especiais para parte das unidades destinada às famílias de mais baixa renda.
“Traremos investimentos da iniciativa privada para aumentar a produção de moradias para atender principalmente a população mais carente do Estado de São Paulo, com renda de até cinco salários mínimos. O Estado entra com uma complementação, um subsídio, um cheque moradia, como foi colocado aqui, atendendo prioritariamente famílias que vivem com auxílio-moradia do Estado, que vivem em áreas de risco e as demandas que existem nos municípios paulistas”, completou o secretário Flavio Amary.
A destinação das unidades para as famílias dependerá do preço de referência que será estabelecido conforme a localização do empreendimento. Haverá um patamar mínimo de 30% das unidades para essa faixa de renda. Depois do atendimento dessa demanda prioritária, os agentes privados poderão comercializar o restante das unidades a preços usuais de mercado.
O programa começa no próximo dia 14, quando os prefeitos participarão de uma reunião na capital e conhecerão os procedimentos para a adesão ao programa e farão o cadastro dos terrenos disponíveis.
Os municípios contribuirão também com isenções e com flexibilização de parâmetros urbanísticos, além de recursos de infraestrutura urbana nos empreendimentos. O Governo Federal também poderá aumentar ainda mais a cesta de subsídios por meio dos programas como o Minha Casa Minha Vida.
A maior parte dos recursos deverá ser destinada para a Região Metropolitana de São Paulo e regiões que apresentam maiores déficits habitacionais. O programa levará em conta também a disponibilidade dos terrenos nos municípios.