Ao lado do escritor Renato Alves, o pastor disputou as eleições de 2020
Ativo em carreatas e mobilização evangélica pró-Bolsonaro, o ex-candidato a prefeito por Tupã (SP), optou por trabalhar apenas para Motta e Thiago Santos.
O posicionamento do pastor Bruno Marquezi (Podemos) começou ganhar nova direção a partir do primeiro turno das eleições presidenciais. No primeiro turno esteve engajado na reeleição do candidato a deputado federal Luiz Carlos Motta e na eleição de Thiago Santos.
Na campanha de Motta, a determinação geral era a de não associar a Jair Bolsonaro (PL), mas daquele jeito: “Para presidente e governador cada um tem seu candidato, mas para deputado federal é Motta e estadual Thiago Santos, os candidatos da cidade”.
Polarização na política nacional dificulta campanha nos municípios
O pastor não enfrentou esse problema. Ele atuou dentro de seu “território” – os evangélicos, cuja maioria absoluta votou para reeleger Bolsonaro e na eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos), logo, foi fácil “vender” os parlamentares – Motta e Thiago.
por outro lado, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no primeiro turno, com mais de 6 milhões de votos à frente de Bolsonaro, foi fator decisivo para um reflexão sobre um futuro próximo, as eleições de 2024.
Distante mais de 17.600 votos de Caio Aoqui (PSD), que obteve 22.491, contra 4.868, o empresário fechou acordo como presidente do Conselho de Pastores de Tupã, com o grupo de apoio ao parlamentar federal, com a promessa de que será ouvido visando o próximo pleito municipal.
ELEIÇÕES EM TUPÃ: Toda oposição consegue apenas 1 terço dos votos de Caio Aoqui
CAIO X TODOS
Longe de ser uma promessa política capaz de enfrentar, por exemplo, o capital político do chefe do Executivo, Marquezi mira o possível eleitorado polarizado entre petistas e bolsonaristas.
Já o prefeito Caio Aoqui (PSD) que apostou todas suas fichas para “virar” o jogo político local, através da bolha bolsonarista, conseguiu sucesso pessoal esperado: a eleição de Tarcísio, e “reconquistou” a Mesa Diretora da Câmara.
Assim como Caio Aoqui, o vereador Paulo Henrique Andrade (PSDB) que também tem pretensões políticas maiores para 2024, participou até de atos antidemocráticos na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e na porta do quartel do Tiro de Guerra (TG).
Ambos foram ativos em carreatas bolsonaristas e adesivaços ao ponto de roubarem o protagonismo da própria “líder de quartel”, Klio Hirano (PRTB), do pastor Bruno Marquezi e de grupos evangélicos, entre outros.
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O certo é que para as eleições de 2024, hoje são possíveis pré-candidatos a candidatos a prefeito, Renan Pontelli, Paulo Henrique Andrade e Waldemir Gonçalvez Lopes, todos do PSDB.
Além deles, Pastor Bruno Marquezi e Eduardo Akira Edamitsu (PSD), com possível apoio do prefeito.
O atual presidente da Câmara, Marcos Rogério Gasparetto (PSD), também é cotado. Em dezembro de 2020, ele negou que tivesse a pretensão de ser candidato a prefeito. Nomes novos não estão descartados.
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