Enfraquecido, Caio Aoqui perde unidade no legislativo

Presidente da Câmara “Shigueru” colaborou para rachar a bancada de sustentação.

O prefeito Caio Aoqui e seu principal aliado, o presidente da Câmara, Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru”, ambos do PSD sofreram uma grande derrota nesta semana, conforme o blog havia antecipado há 7 dias.

Um dos sintomas de enfraquecimento do governo de Caio Aoqui está no racha de sua própria bancada. Perder a unidade do bloco é ver desmoronar o alicerce do “puxadinho” ou do “rabo de pato” – forma pejorativa como a Câmara vem sendo chamada pela interferência exercida pelo prefeito, através de “Shigueru”.

A principio os dissidentes preferem dizer que o objetivo principal “foi tornar a bancada mais funcional”, garantiu Marcos Gasparetto (PSD), como líder do prefeito. “A bancada com oito integrantes enfrentava alguns desencontros até na hora de se reunir, mas expliquei para o prefeito e tudo continua como antes”, completou Gasparetto, o que implica em dizer que ele continua como líder.

Acontece que dentro desse contexto ao qual Gasparetto se integra há outros que deixaram a bancada de sustentação com outro discurso. É o caso de Paulo César Soares, o “Paulo da Farmácia” (PSD).

– Eu e outros colegas estamos descontentes com o posicionamento do prefeito. A gente tem percebido algumas situações em que parece haver privilégios para uns, em detrimentos de outros parlamentares.

“Paulo da Farmácia” não quis apontar o dedo, mas o blog apurou que da bancada de sustentação ao prefeito, apenas três vereadores são contemplados em suas reivindicações por parte da prefeitura: “Shigueru”, Lucas Hatano e Israel Velloso da Silva Neto, o “Tutu”, todos do PSD.

Além disso, o presidente da casa tem se demonstrado intransigente em algumas questões e também provocou descontentamento dentro do grupo que tem maioria do PSD.

“BANCADÃO”

Gasparetto segue como líder do prefeito, mas “bancadão” pode pavimentar a eleição da nova mesa diretora da Câmara

Portanto, dos que se declararam “independentes”, três são da própria sigla partidária do prefeito. Entre os que debandaram está Gasparetto, “Paulo da Farmácia”, Augusto Fresneda Torres, o “Ninha” (PSD), Eduardo Alexandre Sanches, o “Du do Serv Festa” (Podemos) e Cristina Vicente dos Reis Fernandes, a “Professora Cris” (PC do B).

Os cinco formam agora a maior bancada na Câmara e, apesar de “independentes” estão mais próximos de possíveis “opositores” da bancada composta por Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP), Claudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo” (PP) e Paulo Henrique Andrade (PSDB).

Alexandre Scobantti (PL), Renato Fresneda Delmori, o “Renatinho da Garagem” (PL), Eliézer de Carvalho, o “pastor” (PSDB) e Antônio Brito (PV), formam a segunda maior bancada.

Com a saída de seus cinco integrantes a bancada de “sustentação” do executivo agora conta apenas com três vereadores – o presidente “Shigueru”, Lucas Hatano (PSD) e Israel Velloso da Silva Neto, o “Tutu” (PSD).

Obs: os nomes de vereadores em negrito indicam os líderes de suas respectivas bancadas.

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