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Eu, prefeito III? Waldemir também foi pescar; não vou mais

Se o prefeito fisgar 10 peixes, cada um custará R$ 800,00 aos contribuintes tupãenses

Eu não sou prefeito e não sou pescador. Sou mentiroso e só! Não tenho “Paço”, ao passo que Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) além de ser pescador, é prefeito e não mente. Ele engana, o que é diferente de mentir, segundo peritos forenses que investigam a mente humana.

O mentiroso acredita até mesmo naquilo que ele conta que fez, sem nunca ter feito. Ele fantasia histórias e estórias. O enganador é mais perspicaz. Para ele não basta mentir, é preciso provar que tudo o que faz é oficial. Só falta assinar o delito como um serial killer. Ele falseia a verdade.

Afinal, Waldemir não mentiu que estava doente. Há um pseudo atestado, assinado por um médico acima de qualquer suspeita, humano e prestador de serviço público. Eu, prefeito? Ele seria meu secretário da Saúde.

Eu não sou prefeito, sou mentiroso! Não tenho gabinete. Mas foi do gabinete que surgiu a idéia mais brilhante de falsear a verdade. A assessoria do prefeito Waldemir Gonçalves Lopes, idealizou uma nota social para justificar os comentários sobre a pescaria.

Waldemir não enganou a 10 vereadores. Todos sabiam que ele verdadeiramente iria pescar e a legislação municipal lhe dá esse direito, não da forma como ele fez. “Engana” os parlamentares, aliás, boa parte deles também engana a população. Me engana que eu gosto. Não se preocupa com o amigo médico que pode ficar sob suspeita de fornecer atestado de faz de conta.

Pior, da forma como se licenciou vai receber pelos 11 dias ausente do município o equivalente a mais de R$ 4 mil (salário R$ 12 mil). O vice-prefeito que o substitui também receberá proporcionalmente este valor. Logo, a viagem de lazer do prefeito vai custar no mínimo em salários R$ 8 mil. Caso o prefeito Waldemir Gonçalves Lopes consiga fisgar 10 peixes, cada um custará R$ 800,00 para o contribuinte tupãense.

A pergunta que não cala é a seguinte: será que o servidor estressado e pressionado pela administração, consegue rapidamente um atestado desse para viajar numa pescaria, por exemplo? Ou há necessidade de antes seguir um ritual de agendamento, passar por uma perícia e ainda corre o risco de receber um não?

Antigamente dizia-se que a palavra de um homem era a garantia de compromisso assumido. “Amarrava” o bigode mesmo. Hoje em dia é diferente. Assinatura em documento não é sinônimo de legalidade. Mas se utiliza dessa artimanha para ludibriar o povo e outras autoridades, na certeza da impunidade e na ganância do benefício próprio.

Perícia médica, atestado, a Câmara aprovou o vice e versa assume o Executivo para possível assinatura de suposto convênio, segundo as palavras do próprio Donadelli e tudo “legalizado”. Audaciosos e perspicazes na certeza de que não serão importunados nem pela Câmara, nem por nenhuma outra autoridade, fazem de Tupã a casa da mãe Joana.

Foi assim que se referiu o prefeito aos advogados locais que entram com ação para o município arcar com remédios de alto custo. E quanto custa uma viagem de um estressado de mentirinha? Quanto mais vejo, falo e escrevo sobre esses fatos, mais sinto pelo motorista do prefeito, acusado de ser fantasma. Valdir Bagaço é quase inocente. Um boi de piranha, num lamaçal movediço do Pantanal.

Vai pescar Valdir. Eu, prefeito? O mentiroso sou eu! Não vou pescar, Waldemir foi na minha frente e para o mesmo lugar que pretendia ir, Mato Grosso. Bom, também não tenho nada lá. Waldemir tem outros motivos para ir aquele estado, seja como pescador, pecuarista e fazendeiro.

O estresse do prefeito de Tupã coincide exatamente com momentos antes de iniciar a piracema (período de reprodução dos peixes) quando fica terminantemente proibido pescar. Mas fica tranqüilo prefeito, o vice e versa está cuidando bem da casa da mãe Joana. A propósito, papai, mamãe e o irmãozinho estão bem né?

Ainda lhe restam cinco dias de folga a partir desta segunda-feira (24). Traga peixe viu prefeito, em quantidade suficiente para dividir com o sopão dos carentes, já que levou na tralha R$ 8 mil dos cofres públicos.

7 respostas

  1. Que beleza…,a Rede Globo sabe disso?, deveria saber e levar a público no jornal nacionalkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, é rir prá não chorar…sair da estancia turistica, pra fazer turismo no mato grosso, e com dinheiro público…e com atestado falso…e com aval dos vereadores, que vergonha…

  2. Eta, Sr. Jota, arrebentou!!! Ótimo texto. São Matérias assim que me fazem lembrar o verdadeiro Jota. Nosso prefeito é um professor primário e diretor perseguidor de opositores. Sua esposa não é diferente: Dona Neusa (com s ou com z?) como diretora é uma espécie de sombra de Chalita com Júlia Messas, e como Secretária de Assistência Social (não assiste nem si própria) é mais um cargo sentimental do que eficaz. Ele como prefeito é um bom pescador, ou vice-versa. É um investimento mal feito da era Gaspar.
    Gaspar, ao lançá-lo candidato, talvez tenha tido a mesma dúvida que um cidadão em comprar uma pick-up EFFA ou uma Montana 1.4. O barato sempre sai caro. Nosso prefeito barato saiu caro porque é um mentiroso verdadeiro. Põe até “belezinhas” no poder (O sr. Jota sabe mais do que eu).
    Agora nossos vereadores, não sei nem porque há vereadores. Qual a precisão de vereadores nesta terra de crassos? Nunca vi uma casa que represente o povo ser tão misantropa, ser tão vilã aos interesses públicos.

    Ah meu país! Ah, minha cidade que não é minha! Quanto tempo para sermos uma Suécia tropical?

  3. O sonho meu é comprar uma Fazenda em Martinopolis-SP, de porteira fechada e de preferência com um trator no barracão. No Mato Grosso é para quem gosta de pescar. Mas não tenho esse cacife.

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