Evandro Gussi sentiu-se “impedido” de citar origens durante discurso do “Fora Dilma”

Assim como outros fizeram, Gussi poderia ter lembrado aos eleitores de que é de Tupã, uma cidade que também levanta a voz com o rouco grito que vem das ruas. 

O deputado federal Evandro Herrera Bertone Gussi (FORA DILMAPV), perdeu uma grande oportunidade para dizer aos eleitores de todo o Brasil sobre suas origens. Assim como outros fizeram durante a votação pela sequência do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na noite deste domingo (17).

Aliás, Gussi iria lembrar aos seus eleitores de que é de Tupã, município paulista que também se levantou contra o momento político que o Brasil vivencia. Natural de Presidente Prudente, Gussi preferiu a expressão “centro oeste”. Já outros parlamentares se recordaram de suas cidades de origem e foram além: tias, mulheres, sobrinhos, filhos, netos, bisnetos etc., foram lembrados durante o discurso.

O momento era oportuno uma vez que o deputado federal Evandro Gussi, foi o 48º mais votado pelo Estado de São Paulo nas eleições de 2014. Obteve 109.591 votos, dos quais, 6.853 só em Tupã. 20% dos votos de um universo de 50.886, à época.

Ainda que consideremos outros interesses do município por candidatos de fora, a eleição de Gussi em Tupã significou 6% dos votos de um montante de mais de 109 mil. Houve progresso em relação as eleições de 2010, quando conseguiu apenas 2.038 votos e 55.700 em todo o Estado. A pequena votação demonstra que ainda é desconhecido do público tupãense.

Exatamente por essa trajetória política local insuficiente é que o deputado federal Evandro Gussi poderia reafirmar e demonstrar seu interesse por Tupã, principalmente para quem pretende apoiar o parlamentar Ricardo Raymundo (PV), como candidato a prefeito por Tupã nas eleições de outubro.

Ficou no público tupãense o sentimento de que o parlamentar poderia ter usado a grande rede de emissoras que transmitiu ao vivo a sessão do impeachment para destacar Tupã, como uma das cidades que sempre clamou por ter um representante no Parlamento Federal. Foi como se ele estivesse sentindo-se “impedido” por um sentimento de pouca convivência com o próprio município.

FORA DILMA

dilma-triste

Por 367 votos favoráveis e 137 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou às 23h47 deste domingo (17) a autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Houve sete abstenções e somente dois ausentes dentre os 513 deputados.

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