H1N1: repercutiu no exterior pedido de vacinação para toda população de Quintana

A atitude de prefeito de Quintana de pedir na Justiça vacinação para toda população do município teve repercussão internacional. Emissoras de TVs, sites e jornais brasileiros e do exterior deram destaque sobre a matéria. 

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Prefeito pede í  Justiça vacina para toda a população contra H1N1
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Fernando Itapuã aguarda posição da Justiça Federal
Fernando Itapuã aguarda posição da Justiça Federal

De acordo com Fernando Itapuã (PSC), duas mortes causadas pelo vírus nos últimos dias deixaram em pânico os 6.437 habitantes

Por: Agência Estado

Publicado em: 11/04/2016 21:09 Atualizado em:

A prefeitura de Quintana, no interior de São Paulo, entrou com ação na Justiça Federal, nesta segunda-feira, para obrigar o Ministério da Saúde a fornecer vacina para toda a população da cidade contra o H1N1. De acordo com o prefeito Fernando Itapuã (PSC), duas mortes causadas pelo vírus nos últimos dias deixaram em pânico os 6.437 habitantes. As vítimas, uma menina de 12 anos que morreu na sexta-feira, 8, e um rapaz de 32 anos falecido no domingo, estão fora do grupo de risco que deve ser vacinado na campanha nacional, a partir do dia 30 deste mês.

O prefeito conta que nos dois casos, as vítimas tinham boa saúde. “A menina jogava vôlei, fazia ginástica e educação física pegou a doença e morreu em questão de dias. Em várias outras cidades estão morrendo pessoas fora do grupo de risco.” Itapuã contou ter entrado em contato com o órgão regional da Secretaria Estadual de Saúde e com o Ministério da Saúde pedindo vacinas, mas não foi atendido. “Nossos moradores estão fazendo fila em clínicas de Marília, a sede da nossa região, para tomar a vacina pagando até R$ 150, mas nem assim conseguem.”

Na ação civil pública, com pedido de tutela provisória de urgência, a prefeitura argumenta que o Ministério da Saúde contempla com a vacinação gratuita apenas os grupos de risco, além da população na faixa etária de 2 a 5 anos e a partir dos 60 anos. “A grande parte da população fica desprotegida e excluída das ações preventivas. Entende o município que o direito de acesso à saúde é de obrigação da União.” As mortes ocorridas na cidade, segundo o município, indicam que a parcela não incluída na vacinação também está sob risco.

A prefeitura alega ainda que tem um dos menores orçamentos do Estado, enquanto a União desfruta de orçamento “bilionário” e que as doses necessárias para vacinar toda a população vão custar ao erário pouco mais de R$ 45 mil.

Concedida a liminar, a prefeitura pede que o Ministério da Saúde forneça o imunizante em 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A Justiça Federal deve se manifestar sobre a ação nesta terça-feira. O Ministério informou que se manifestará após ser notificado.

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