Impeachment: Relação comercial entre Shigueru e Trans VLP pode afastá-lo do cargo

Mais uma vez, o parlamentar se vê na mira do Código de Ética aprovado na Câmara. O pedido é um duro golpe ao prefeito Caio Aoqui, que tenta “virar a mesa” da Câmara e eleger o novo presidente. 

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O presidente da Câmara de Tupã, Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru” (PSD), mais uma vez se vê na mira do próprio Código de Ética aprovado pelos vereadores na sua gestão como comandante do Legislativo.

Agora, envolve sua possível relação comercial, através de sua família, com a empresa Circular Trans VLP, que recentemente teve aprovada pela Câmara, uma subvenção de R$ 130 mil mensais, pelo período de três meses, prorrogáveis por mais três.

Desse montante, cerca de 5 mil mensais ficariam para pagamento de aluguel da garagem onde a empresa de transporte público mantém guardado seus veículos.

A área está localizada na Rua Brasil, 1350, Vila Espanha, zona Oeste de Tupã.

Além disso, Shigueru furou fila da vacina contra coronavírus, deixou de levar para votação do plenário a admissibilidade do pedido de impeachment do prefeito Caio Aoqui (PSD), entre outras.

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O pedido de impeachment traz no seu bojo muitas das denúncias publicadas pelo blog.

Uma das últimas foi sobre uma falsa greve promovida pela empresa Circular forçando a aprovação de subvenção de mais de R$ 129 mil. O projeto foi encaminhado pelo prefeito Caio Aoqui.

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Durante o arquivamento do pedido de impeachment do vereador Paulo Henrique Andrade (PSDB), em 21 de novembro, o prefeito foi acusado de arquitetar o afastamento dele para enfraquecer a oposição.

A ideia não deu certo. Paulo Henrique levou para o plenário da Câmara dezenas de manifestantes bolsonaristas, e a situação recuou da tentativa de levar o suplente Charles dos Passos Sanches (PSDB), para ocupar a cadeira do titular. Charles negou ter participado da trama.

Por unanimidade, não houve a admissibilidade do pedido protocolado pela líder comunitária, Teresa Vicente (PSD).

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A sessão chegou ser suspensa por mais de uma hora e no retorno dos vereadores para dar continuidade aos trabalhos, o presidente do Legislativo foi recebido pelos bolsonaristas por frenéticos gritos de “Shigueru, Shigueru, Shigueru”.

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O PEDIDO

O pedido de afastamento seguido de impeachment do vereador Shigueru foi protocolado nesta manhã de segunda-feira (5), às 10h23, pela dona de casa, Ilda dos Santos Souza de Figueiredo.

O documento deverá ser lido na sessão ordinária de hoje e colocado em votação pela admissibilidade ou não do pedido.

Caso ocorra o afastamento de Shigueru, deverá ser convocada a suplente, Sandra Mara Meira Cabrera de Souza, a Sandra Enfermeira (PSD), que obteve 506 votos, nas eleições de 2020.

O QUE FAZER?

O presidente da Câmara está reunido com o deparamento jurídico para adotar uma medida preventiva por parte da própria mesa da Câmara ou judicial para impedir uma eventual admissibilidade da denúncia que culminaria com seu afastamento.

Aguarde atualização.

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