A Justiça de Tupã colocou em liberdade no final da tarde de ontem (15), Igor Luiz de França, 19 anos, acusado de tentar ocultar o corpo de Cláudio Rafael Zaurísio, 40 anos, “Cláudio Pamonheiro”. Os advogados da família, Luís Gustavo Guimarães Botteon (foto) e Marcelo da Silva Gomes, foram ontem mesmo até Lutécia buscar o rapaz.
Igor é filho de Francismar Luís de França, “Baiano”, 49 anos, acusado do mesmo crime e de autoria do homicídio contra a vida do feirante. Assim como o blog havia antecipado, os advogados alegaram à Justiça que pai e filho são pessoas humildes, tem empregos fixos, registro em carteira e não possuíam antecedentes criminais. Também arrendavam terras e plantavam roça, cultivavam os produtos e os vendiam nas férias livres de Tupã.
Não teve a mesma sorte o pai do rapaz. “Baiano” continua cumprindo prisão temporária na Cadeia de Lutécia e pode ter até a prisão preventiva decretada. O crime aconteceu na noite de terça-feira (13) na propriedade onde a família possui plantação de milho. Após um desentendimento entre “Baiano” e “Cláudio Pamonheiro”, por motivos relacionados à honra, a vítima foi golpeada na face com pedaço de ferro. Mesmo atordoado com a pancada entrou em luta corporal com o acusado, mas foi enforcado com uma corda.
Após o fato consumado, “Baiano” disse em depoimento que “Cláudio Pamonheiro” estava com aparência roxeada e, por isso, resolveu queimar o veículo para ocultar possíveis impressões digitais. Por volta das 8h45 da noite, testemunhas que passavam pela vicinal que liga Tupã a Arco-Íris, avistaram um veículo pegando fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ao debelar as chamas -, encontrou o corpo da vítima carbonizado.
Dez horas após o homicídio a Polícia interrogava e solicitava na Justiça a decretação da prisão de pai e filho. Cláudio havia ido à chácara de “Baiano” para comprar milho que seria utilizado na feira livre da Praça da Bandeira desta quinta-feira (15). Às 16h30 de quarta-feira (14) o corpo dele foi sepultado no Cemitério da Saudade.