LANCEBET: advogado deixa defesa e apostadores revoltados

Centenas de clientes esperam resolução sobre o “sumiço” do capital investido em casa de aposta de “Salgadinho”.

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Investidores de apostas esportivas de pelo menos 18 estados brasileiros e do Distrito Federal aguardam até hoje, dia 20, em pleno Carnaval, para que o fundador do Group Lance Certo, Anderson de Oliveira, o “Salgado”, possa convencê-los sobre o paradeiro do dinheiro investido em apostas no Brasil, através LanceBet.com. Os apostadores não sabem onde foi parar o capital aplicado no negócio “Lucro Certo”.

EXCLUSIVO: apostadores do Brasil exigem capital investido em apostas da “Lance Certo”

Além disso foram surpreendidos com o possível abandono da causa pelo advogado empresarial, Luis Augusto Sbroggio Lacanna, que atua na cidade de São José do Rio Preto, e que vinha “negociando” com os apostadores.

Foi este advogado que firmou em dezembro o primeiro acordo judicial na Comarca de Jales, em favor da Lance Certo LTDA, representando “Salgado” e sua esposa Aline Barbosa da Silva. O acordo permitiu o desbloqueio de bens e do passaporte do acusado, o que lhe possibilitou viajar para o exterior.

CEO do Lance Certo viajou para Nigéria após acordo judicial

O processo foi proposto por Edneia Aparecida da Silva Galante, por conta de um débito de R$ 48.148,39 que a empresa tinha com ela.

Ao mesmo tempo era protocolada na Comarca de Tupã, o primeiro processo denunciando esquema de pirâmide relativo a investimento financeiro, que abriga outras empresas do mesmo grupo econômico, as quais atuam no ramo de trader esportivo, pub, criptomoedas, posto de combustível, casa de aposta online, dentre outros.

Alex de Oliveira Conceição cobra desde 13 de janeiro em ação cível de enriquecimento ilícito, com pedido de restituição de valores, por meio de rescisão do contrato um montante de R$ 20 mil, sobre o qual receberia 7% ao mês, a título de rentabilidade do lucro das empresas e, ao final de 12 meses, poderia renovar o contrato ou pedir a devolução integral do valor aportado, mas não foi o que aconteceu.

No mesmo mês, outros 16 processos deram entrada no Fórum da Comarca de Tupã, e em outros estados.

SETE POR CENTO! Já são 17 processos protocolados na Justiça de Tupã contra Group Lance Certo, cobrando cerca de R$ 1 milhão

As reclamações começaram em novembro, quando a empresa Lance Certo suspendeu todas as transações de saques, transferências e rentabilidades, através de um comunicado aos investidores, tendo o criptoativo da empresa LANCE CON, desvalorizado do dia para noite 97%, segundo os denunciantes.

MANDADO DE BUSCA

Assim como no Pub, na sede do Group, nenhum diretor é mais encontrado no local

Possivelmente por conta dessas ações, a reportagem apurou que a Justiça teria determinado na quarta-feira (15) , mandado de busca e apreensão de parte do faturamento de dois estabelecimentos do Group Lance Certo: numa conveniência localizada na Vila Marajoara, de onde foram encontrados R$ 300,00 e de um posto de combustível na Rua Caetés, de onde teriam sido apreendidos cerca de R$ 1 mil.

CASA DE APOSTAS

Um dos investidores disse que Anderson Salgado, possui uma casa de aposta chamada lancecerto.bet. “Ele se dizia do mercado há mais de 10 anos, como trader esportivo”.

Nesse projeto, Anderson Salgado vendia uma assinatura VIP, pela plataforma Hubla, no valor de R$ 1 mil, para que profissionais arbitrassem na sua plataforma. “Num grupo VIP no Telegram ele iria enviar os sinais, onde você operava na casa dele e em uma parceira, chamada BETINA123, com lucros partindo de 3%, com saques de R$ 1 mil no máximo via PIX ou R$ 1,5 mil via LanceCoin, moeda virtual que ele lançou, inclusive num evento pomposo em Tupã”, afirmou.

De acordo com a fonte, os saques foram paralisados e no dia 20 de dezembro foi pedido para os investidores aguardarem os pagamentos até o dia 5 de janeiro.

De acordo com a fonte, Anderson Salgado disse que se a PayBrokers ou a SGA não fizessem os pagamentos, ele próprio se responsabilizaria em efetuar os pagamentos até o dia 20 de fevereiro.

CADÊ O DINHEIRO?  

“Ele (Anderson Salgado) parou de nos pagar, foi pra Nigéria lançar esse novo projeto Lance Green, semelhante ao nosso, só que em Crypto. Falou que a responsabilidade era da PayBrokers e SGA. Que eles estavam com nosso dinheiro. Muitos colocaram toda a poupança. Não sabemos onde está nosso dinheiro, com quem e quando vão nos pagar”, afirmou.

Nos dois grupos em que a fonte faz parte, há 287 pessoas que alegam ter sofrido algum tipo de prejuízo financeiro causado por Anderson Salgado. “Não dá pra estimar o valor, pode ultrapassar 1 milhão de reais. Tenho relatos de pessoas com R$ 100 mil e R$ 70 mil. Tem pessoas passando necessidade. Muitos venderam carro, aplicaram o que tinham no projeto”, disse.

OUTRO LADO 

O advogado empresarial Sbroggio se identificava como diretor jurídico do Group Lance Certo.

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