Líder da Dilma preocupado com “fogo amigo” na região de Marília

O Líder do governo Dilma Rousseff, na Câmara federal, Cândido Vaccarezza (PT) anda preocupado com a repercussão política negativa na região de Marília, incluindo entre outras cidades, Tupã, na região da Alta Paulista (527 km da capital paulista).

Em pouco mais de um mês, o nome do parlamentar federal esteve envolvido em manchetes jornalísticas desfavoráveis. É evidente que alheio à vontade dele, porém de gente da própria assessoria política que o deputado possui na região.

Assim foi com a denúncia feita pelo Estadão, apontando que o deputado teria dado calote em cabos eleitorais em cidades como Marília, Tupã, Bastos, Lucélia e Osvaldo Cruz e, mais recentemente, conforme divulgado aqui, sob o tema “Turismo de Negócio 2”, outro político próximo da assessoria de Vaccarezza se ausentou da região com a funcionária do Legislativo, com duas diárias públicas, sob alegação de que teria encontro político em São Paulo com assessores do líder de Dilma. Causou estranheza nos meios políticos, uma vez que o próprio Vaccarezza confirmou que a assessoria dele está na região de Marília.

Foi anunciado que através dessa assessoria política que o “ajudou” na campanha maculada como do calote, fica em Tupã. Logo, o parlamentar só precisava viajar para Tupã, não para São Paulo. Depois, poderia até fazer o “Cruzeiro de Negócio”.

Quando o vereador percebeu que o “turismo de negócio” não havia dado certo, via satélite mandou recado para a assessoria parlamentar devolver por meio de protocolo o dinheiro público.

Apesar do vereador ter alegado que o encontro político com assessores de Vaccarezza teria sido adiado, a reunião nunca existiu. Vaccarezza foi segundo o próprio Jornal Estadão, um dos responsáveis pelo investimento de R$ 25 milhões para a implantação de obras de macro drenagem em Tupã.

Como recompensa, Vacarezza recebe “fogo amigo” do eixo Marília/Osvaldo Cruz. Nesse “Cruzeiro” regional, os mesmos nomes ligados à assessoria como protagonistas. Vaccarezza líder da presidente Dilma Rousseff, não merece. Ou merece? Talvez se mereçam.

Aparecem como representantes de Vaccarezza na região, o velho amigo do passado, ex secretário de Administração e Finanças de Tupã, Walter Bonaldo (PMDB) e Tiago de Sousa (PMDB) com ficha abonada para ir para o PT, sobrinho do vereador Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PPS).

Recentemente numa entrevista à TV Câmara, Bonaldo disse ter encontrado em Tupã “um terreno fértil”, para viabilizar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), sempre com o aval, do parlamentar federal, através de emendas e busca direta de recursos.

Outro problema que Vaccarezza logo vai enfrentar do “fogo amigo” é exatamente no que se refere à intermediação desses recursos (banco público, empreiteiras e fornecedores).

Vaccarezza é acusado de dar calote em colaboradores

Líder do governo na Câmara dos Deputados vê “chantagem” no episódio

Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara dos Deputados (Cristiano Mariz)

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT), está sendo acusado de dar calote em cabos eleitorais da região da Alta Paulista, no oeste do Estado de São Paulo. A dívida, na versão de seus acusadores, é de 270 mil reais com um engenheiro com quem fez dobradinha em Marília, de 20 mil reais com diretório do PT na cidade e de 60 mil reais com um empresário de Tupã, além de dívidas menores com outras pessoas da região. O deputado nega as acusações e vê “chantagem” no episódio. À tarde, Vaccarezza divulgou nota em que rebate a denúncia.

Em todas as cidades em que há a denúncia de calote, a história é bastante parecida. O economista Walter Bonaldo Filho, definido pelas pessoas ouvidas pela reportagem como “organizador” da campanha do deputado para a região, contratou colaboradores e serviços que depois não foram pagos. Bonaldo, segundo ele mesmo, é amigo pessoal de Vaccarezza há 17 anos e é filiado ao PMDB. Ele nega que tenha deixado dívidas e atribui as denúncias a brigas internas do PT.

Bonaldo foi secretário de Finanças de Tupã entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, no governo de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Antes, havia prestado assessoria à prefeitura da cidade na condição de consultor da Fundação Getúlio Vargas. Deixou a prefeitura durante a campanha eleitoral de 2010 para ajudar Vaccarezza. Ele alega que não poderia continuar em um governo tucano e ajudar um petista na campanha.

Segundo explicou o próprio Bonaldo, a região da Alta Paulista é um reduto tucano. Por isso ele se ofereceu a Vaccarezza, que tem base na capital paulista, para ajudar a conseguir mais votos na região. Ele confirma que teve conversas com lideranças da região para angariar apoio político, mas negou que tivesse feito qualquer acerto financeiro.

(Com Agência Estado)

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