Candidatos sem condições financeiras fazem seu próprio marketing eleitoral. Fusca com propaganda política estacionado em Tupã chamou a atenção.
Um fusca colorido estacionado na área central de Tupã (SP) chamou a atenção de quem passava pelo local.
A Rua Potiguaras, entre a Avenida Tamoios e a Rua Caetés é movimentada, sobretudo, por pedestres que vão a uma lotérica pagar suas contas ou numa frequentada farmácia popular comprar seus remédios de cada dia.
O veículo parecia ter sido deixado no local estrategicamente para divulgar o candidato, mas na verdade, após as eleições de 2 de outubro, portanto, não havia mais razão para publicidade, mas o dono deve ter gostado do que viu e manteve a publicidade ambulante.
Uma frase no para-brisa dizia “Se Meu Fusca Votasse?”, remetia ao filme americano de 1968 “Se Meu Fusca Falasse”, dos gêneros comédia e fantasia, dirigido por Robert Stevenson para a Walt Disney Pictures, baseado no livro Car, Boy, Girl, de Gordon Buford.
MEU NOME É ENÉIAS
Depois, a ligeira semelhança do candidato com o saudoso deputado federal Enéias Ferreira Carneiro, também candidato três vezes à Presidência da República (1989, 1994 e 1998) e uma vez à Prefeitura de São Paulo (2000).
Em 2002 foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, com votação recorde: mais de 1,570 milhões votos. Tornou-se muito famoso em todo o Brasil a partir de 1989, quando se candidatou à Presidência da República naquele ano, por seu bordão “Meu nome é Enéas!”.
Daí, além do candidato do fusca lembrar o Enéias, o plágio – Meu nome é Neves – candidato a deputado estadual 28056, pelo PRTB – Partido Renovador Trabalhista Brasileiro.
Thiago Felipe Neves, o “Meu nome é Neves”, natural de São Paulo, obteve 3.896 votos – não eleito. Recebeu de doações para a campanha R$ 1.700,00 de pessoas físicas e gastou R$ 1.207,00.
MILIONÁRIOS
O Brasil elegeu 1.059 deputados estaduais e distritais em todo o país. Destes, 441 são milionários. Ou seja, 41,64% dos integrantes dos legislativos estaduais têm um patrimônio igual ou maior que R$ 1 milhão, segundo o G1.
Assim, quem não é milionário, não é apadrinhado e nem possui sobrenome famoso para alavancar sua candidatura, só lhe resta usar de criatividade e tentar a sorte, como numa loteria. Vai que dá certo. Meu nome é Neves.
Leia também: Petrobras: os primeiros políticos implicados seriam…