Gaspar foi notificado sobre o fato, mas preferiu não se manifestar sobre a acusação. A OAB – Tupã já havia se posicionado contra essa situação há alguns anos.
O promotor de Justiça do Patrimônio Público de Tupã, Rodrigo de Moraes Garcia vai instaurar procedimento para investigar denúncia da criação de suposto cartel sobre preços de combustíveis praticados no município de Tupã.
De acordo com a representação feita por Carlos Alberto da Silva, gerente do Posto Caetés, localizado em frente à casa do prefeito Manoel Gaspar, ele estaria sendo insistentemente assediado para participar do suposto cartel. “Estou sendo assediado de forma ameaçadora para que concorde em participar de suposta formação de um cartel para operar no mercado de venda de combustíveis de maneira a unificar os preços para o consumidor”.
No documento protocolado na segunda-feira (4), no Ministério Público, o gerente do estabelecimento deixa claro que o assédio parte de Manoel Gaspar, Antônio Ferreira de Souza Gaspar e Antônio Gustavo Ferreira de Souza Gaspar, seu irmão e filho, respectivamente. Procurado pela reportagem para comentar o assunto, o prefeito preferiu aguardar -, “eu fui notificado ontem, mas devo aguardar mais um pouco para me manifestar”, disse.
O denunciante garante que, ao se esquivar das tentativas de fazer parte do eventual esquema que prejudica a população consumidora de Tupã, passou a sofrer perseguições. Segundo a denúncia, Manoel Gaspar se valendo da condição de prefeito estaria usando de suas atribuições para enviar ao estabelecimento constantes fiscalizações. Também estariam sendo aplicadas multas em caminhões que param no local para abastecer, bem como, haveria projeto de proibir o tráfego de caminhões na Rua onde o posto está localizado.
Além disso, na representação Carlos Alberto da Silva, salienta que um dos postos de propriedade da família do prefeito, localizado à Rua Marília, seria de bandeira branca, entretanto, estaria se utilizando de cores e logotipo que o identificam como sendo da Rede de Postos Ipiranga.
OAB
O fato não chega ser novidade. Em 2007, o ex-presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil subseção Tupã, Ademar Pinheiro Sanches, convocou a imprensa, exibiu um demonstrativo de preços praticados em toda a região, para justificar sua indignação com os valores cobrados em Tupã e de forma linear – com variação de centavos, de maneira a não deixar alternativas para o consumidor tupãense.
FUIN
Seria de fundamental importância para os consumidores tupãenses que o atual presidente da OAB de Tupã, Wagner Fuin, como virtual candidato a prefeito pelo PMDB se manifestasse sobre o assunto que um dia, foi motivo de preocupação para essa importante instituição de defesa dos direitos dos cidadãos. A reportagem tentou contato com Fuin, porém, não obteve sucesso.
A propósito, essa entidade sempre atuou politicamente na defesa do exercício profissional dos advogados, participou do impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992, nas reformas constitucionais e protestando contra o abuso no uso de medidas provisórias, bem como contra a falta de ética, tanto na política quanto nas eleições. Hoje também defende o impedimento da presidente Dilma Rousseff.
Clique sobre as páginas abaixo e leia a integra do documento protocolado no Ministério Público sobre suposto cartel no preço de combustíveis: