O refém do poder

A influência negativa do deputado Evandro Gussi, na atual administração está desagregando. Assim como Temer e Maia, Ricardo terá o PSB como o “fiel da balança”. O cardápio é um só – o poder para os dissidentes.

Temer e Maia ladeando o deputado federal Evandro Gussi (PV), defensor da reforma da Previdência promovida pelo presidente
Gussi, o refém do poder
Imagem: blogspot.com
Imagem: blogspot.com

O blog descreveu a função do deputado federal Evandro Gussi (PV) como uma éminence grise, (em francês “eminência parda”). A sua função EXTRAOFICIAL é atuar “nos bastidores” como um poderoso conselheiro do prefeito Ricardo Raymundo (PV).

Em resposta ao fato abordado pelo blog, Gussi tentou desvencilhar-se. Admitiu as nomeações de secretários e omitiu estar “por trás” da administração. Em entrevista ao Diário preferiu afirmar que está “ao lado” do governo.

Na verdade, Evandro Gussi é um refém do poder. Ele aparece no meio do poder. Cercado por talheres usados como “ferramenta” que movimenta a engrenagem de negociações da obscura e contemporânea política brasileira.

A VÍTIMA DO REFÉM

Em política, segundo Wikipédia, a enciclopédia livre -, eminência parda é o nome que se dá quando determinado sujeito que não é o governante, mas é o verdadeiro poderoso, agindo muitas vezes por trás do soberano legítimo, o qual é uma marionete dele, e pode muito bem ser deposto pela eminência parda caso este não o agrade. A eminência parda ainda pode utilizar qualquer tipo de influência para exercer o seu poder, seja ela militar, econômica, religiosa e/ou política.

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Para demonstrar cada vez mais força e influenciar nas decisões da administração de Tupã, o refém do poder central, faz refém também aquele que foi eleito pelos tupãenses para administrar o município. Ricardo Raymundo precisa de apoio, mas deve começar a perdê-lo. Por ironia do destino, assim como o PSB é o “fiel da balança” para Temer, o será para Ricardo. É como se o “pau que bate em Temer, bate em Ricardo”.

O principal culpado é o fato de que a atual administração, prostrou-se ao comando do deputado e “fechou as portas” do governo municipal para os aliados deixando-os literalmente de fora da “República Verde”. A exemplo de Gussi, estes também querem exercer o direito de sentar-se à mesa e servir-se do mesmo menu.

NEGAÇÃO

A soberba - pode-se definir como sendo o apetite desmedido de ser preferido a outros.
A soberba – pode-se definir como sendo o apetite desmedido de ser preferido a outros.

Enquanto a igreja católica disse amém em apoio a Gussi e ao seu padrinho político Reinaldo Alguz (PV), acreditando que teria aliados em defesa da população em estado de vulnerabilidade, percebe-se que houve negação às teses defendidas por padres, bispos, arcebispos e até do Papa Francisco.

Na prática, enquanto os religiosos convocavam os brasileiros para a greve geral em protesto contra as reformas impostas pelo governo Temer, que retiram direitos dos trabalhadores, especialmente os mais pobres, o parlamentar contrariou interesses de seus eleitores. O discurso para ser eleito foi um. Era o do sorriso fácil. Refém do poder, o discurso de Gussi é o “de que será julgado pela história”.

Para a igreja, segundo o portal www.brasil247.com, as reformas da Previdência e Trabalhista, além da Lei da Terceirização, já aprovada, “desmontam direito sociais conquistados com muita luta pelo povo brasileiro”, mas que “infelizmente, a maioria dos nossos governantes não escuta e não enxerga a realidade do nosso povo, e sem qualquer diálogo com a sociedade impõe um conjunto de mudanças que afetarão a todos, especialmente os mais pobres”.

Evandro Gussi aliado de Temer, e até então, o atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, juntaram-se a outras dezenas de favorecidos pelo poder e votaram as reformas da Previdência, Trabalhista, Lei da Terceirização e pela não admissibilidade da investigação contra o presidente envolvido em atos de corrupção.

Portanto, senhor deputado, quem é o refém nesta história? Solte-se das amarras da cabeceira da mesa farta do poder. Fique ao lado do povo e da igreja que o ajudou, ao invés de permanecer no meio do poder e por trás das decisões políticas da atual administração.

Saia às ruas, mostre a cara e deixe de ser refém. O povo – anônimo brasileiro é a vítima de um esquema político corrompido. O povo crente outorgou-lhe o direito de representá-lo em suas lutas encampadas por religiosos que acreditaram em sua proposta de campanha. Pegue o “bonde da história”. Não espere pelo apito do trem e deixe de ser refém.

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