Caio Aoqui ganha protagonismo de reeleição em confronto com Renan Pontelli, enquanto Quilão e Hatano ficam como coadjuvantes – ouça podcast
A polarização das eleições de 6 de outubro em Tupã tem confronto marcado entre dois jovens nomes que despontaram na política tupãense, a partir de 2012.
Enquanto Caio Aoqui se elegia vereador pelo PSDB, com 1.099 votos – o segundo mais votado, perdendo apenas para José Maria de Oliveira, “Zé Maria”, que obteve 1.500 votos, Renan Pontelli se tornava secretário de Meio Ambiente, no terceiro mandato de Manoel Gaspar – 2013/2016.
A história dos dois se confunde desde a adolescência: gostam de fazer política. Assim, iniciaram suas trajetórias seja como vereador mirim ou na liderança de diretórios acadêmicos durante o período de formação em curso superior.
Em 2016, Caio Aoqui (PSD) alçava voos maiores ao lado do empresário José Ricardo Raymundo (PV) – como vice e prefeito de Tupã, respectivamente. Renan Pontelli, pelo PSB, se elegia vereador com 1.160 votos. Também foi o segundo mais votado: ficou atrás do pastor Eliézer de Carvalho, com 1.343 votos.
Em 2017, Renan Pontelli assumiu a secretário de Obras e Planejamento no governo Ricardo/Caio e permaneceu na pasta até outubro de 2018. Saiba mais: Engenheiro Miguel Scarpelli assume Secretaria de Obras
Em 2019, Ricardo Raymundo foi cassado pela Câmara e Caio Aoqui herdou a administração, até sua eleição para prefeito em 2020, ao lado de Renan Pontelli (PSDB). Foi a maior votação da história política tupãense – 22.491 votos, ou 72,43% dos votos válidos.
EXPECTATIVA
A expectativa de proposta de campanha era de que a dupla faria um governo a quatro mãos, considerando o conflito político que resultou no impedimento de Ricardo Raymundo.
Dentro desse propósito, Renan Pontelli seria o candidato natural da situação, conforme proposto na coligação partidária. Saiba mais: QUATRO MÃOS
Mas, em 2023, por motivos que são de domínio público houve o rompimento e Renan optou por seguir seu próprio caminho para viabilizar sua pré-candidatura a prefeito de Tupã.
PRÉVIAS
O pano de fundo do confronto tem atualmente os próprios pré-candidatos da situação, Wilson Quiles Júnior, “Quilão” (PSD) e Lucas Hatano (PSD).
Entre eles, outros possíveis pré-candidatos foram sendo excluídos de uma forma que gerou ruído dentro e fora do governo, reforçando um fato que causa grande rejeição ao prefeito – “o de agir com mentiras, omissões e manipulação”, comentam os excluídos.
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Assim, ocorreu com Edson Schiavon (presidente da CAMAP E CERT), e o secretário de Assuntos Jurídicos João José Pinto, “J.J.”, vítimas de um jogo de “mão única”.
Nem o fiel escudeiro e fundador do PSD em Tupã, o vereador Eduardo Akira Edamitsu, “Shigueru”, mais votado no último pleito – 1.645 votos, escapou da trama.
Obrigado a ir para o PL para ser o vice de Schiavon, Shiguero se viu numa encruzilhada que quase lhe custou a legenda para tentar a reeleição. “Esse japonês é traíra, mas a comunidade está sabendo”, disse ele a interlocutores.
É essa situação, rachada, que vem para as eleições de outubro, prometendo uma das campanhas mais polarizadas dos últimos “novos tempos” dessa nova geração de agentes políticos tupãenses.
Os coadjuvantes participaram de um longo processo de prévias e, agora, também serão testemunhas do “confronto final”, entre o “ódio e a paixão”, mas nem o ódio é justiça e nem paixão é amor. “Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida.” -Chico Xavier (1910-2002).
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