Operação de “faz de conta” foi realizada em Herculândia

Capitão Vander Zambelli comandou a ação

Helicóptero Águia não atuou sincronizado com ação de homens por terra e afugentou criminalidade. Ouça texto

Não deu para passar sem ser notada a última ação da PM, em Herculândia (SP), na manhã do dia 7, na tentativa de surpreender a criminalidade. No dia 21 de maio, a PM já havia feito incursão na cidade com sucesso no combate ao tráfico de drogas e aos crimes contra o patrimônio.

Diferentemente da segunda ação, a PM sequer divulgou um balanço da operação que mobilizou dezenas de policiais, viaturas e o helicóptero Águia da corporação. Aliás, a aeronave destoou da ação por terra. Chegou primeiro.

Ao sobrevoar a cidade, sem que as equipes estivessem apostas em solo, o barulho serviu apenas como exibicionismo desnecessário para “afugentar” eventuais delinquentes e fazê-los esconder objetos ilícitos.

Mesmo sem o sucesso eventualmente esperado, não ficou de bom agrado o comando da PM deixar de divulgar a intenção da ação, mesmo que preventiva e rotineira. Afinal, não é sempre que há grande mobilização de contingente em “passeio” aéreo e com viaturas em desabalada carreira, para nada.

Esta havia sido a segunda ação da PM, após denúncias do blog de que a cidade está atormentada pela criminalidade, mais pela omissão e suposta prevaricação de autoridades constituídas que permitiram estabelecer um círculo vicioso, vitimando a segurança da população.

Não à toa, o próprio secretário de Esportes de Herculândia, Marcelo Patrício Monteiro, o “Mussum”, divulgou em redes sociais de que o capitão André Vander Zambelli iria instaurar um procedimento para investigar a ausência da PM, durante briga generalizada, na noite do dia 17 de maio.

A confusão transformou o entorno do ginásio de esportes numa praça de guerra. Socos, pontapés, quantos socos e quantos pontapés. Arma em punho e nenhuma viatura policial foi vista no local. Veja: Briga generalizada em Herculândia coloca em xeque a segurança

A polícia de Quintana percorreu cerca de 20 km para socorrer Herculândia, após partida de futsal da Copa Record. A briga generalizada deixou um adolescente gravemente ferido estendido no chão, enquanto o prefeito Paulo Sérgio de Oliveira, o “Paulinho” (Progressistas) assistia inerte no campo de batalha. Leia também: Polícia de Quintana “socorreu” tumulto em Herculândia

REAÇÃO

Prefeito Paulinho e o secretário de Esportes “Mussum”

Pressionado, o prefeito Paulinho se esquivou, mas colocou na linha de frente seu secretário de Esportes para dar satisfações à população – cobrando uma reação do comando da 2ª Companhia da PM, em relação ao subordinado, que não teria atendido a um pedido oficial para dar segurança. Saiba mais: Secretário de Esportes admite falta de segurança para jogo em Herculândia

Quatro dias depois, o capitão André Vander Zambelli mobilizou um pequeno contingente e deu uma resposta prendendo um acusado de tráfico e apreendendo entorpecentes.

Na Avenida Sallim Alle Emed, numa residência desabitada, apontada em denúncias como local de fracionamento e venda de drogas, os PMs avistaram um indivíduo com uma mochila no quintal da casa. O suspeito, ao notar a presença das autoridades, tentou fugir pelos fundos da residência, pulando muros das casas vizinhas.

Um cerco foi montado, e ao perceber a presença de viaturas posicionadas, o sujeito tentou retornar ao quintal da residência, dispensou uma mochila que carregava, mas foi alcançado e detido pelos policiais.

Durante a vistoria na mochila, foram encontrados os seguintes itens:

69 pinos de crack, 40 pinos de cocaína, 36 porções de maconha, 6 porções de maconha prensada e R$ 327,00.

Moradores contaram que o indivíduo frequentemente se dirigia a uma plantação de mandioca, onde levava e trazia objetos e após buscas no terreno foi encontrado um tambor contendo 2.700 ependorfs semelhantes aos encontrados com o suspeito. Ao lado do tambor, havia um vaso com uma planta de maconha que era cultivada.

Leia também: Quebrado o circulo vicioso de omissão em Herculândia

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