Tiros contra carro podem abrir nova frente de investigação. A suspeita é que os disparos podem ter outra motivação.
Os dois tiros desferidos contra o carro do pastor Hermelindo Cláudio Ferreira, 64 anos, logo após ele ter sido morto com requintes de crueldade podem levar a polícia a abrir nova frente de investigação. O caso ainda está mal contado.
Dos três presos ontem, apenas o pintor Evaldo Veiga, 33 anos, foi mantido encarcerado em flagrante delito por latrocínio – roubo seguido de morte, e com requintes de crueldade. Outro morador também de Iacri, e um terceiro residente em Osvaldo Cruz foram liberados pela polícia por eventual falta de provas.
Isso é possível por que, Evaldo confessou o delito, mas não entregou nenhum dos outros participantes. A arma do crime teria sido apreendida com ele e o próprio celular o denunciou de que esteve na cena do fato.
Sem as provas a polícia temia que algum advogado obtivesse sucesso no relaxamento da prisão em flagrante de ambos e, levar junto, o autor intelectual do latrocínio.
DILIGÊNCIAS
Nesta manhã de sexta-feira (15), enquanto o corpo do religioso era velado na igreja Batista, sob comoção de familiares, fiéis e amigos, policiais civis realizaram várias diligências. Apesar de morar em Iacri há vários anos, o corpo do pastor foi sepultado no cemitério de Bastos.
É possível que o objetivo é encontrar provas que possam incriminar também os outros dois sujeitos. Além disso, não está descartada a possibilidade de envolvimento de outras pessoas de forma indireta nesta trama que culminou com a morte do pastor Hermelino.
Os tiros no Chevrolet Astra, na estrada vicinal Iacri/Bastos, logo após a execução dos crimes de morte e roubo da vítima podem ter outra motivação que uma simples briga de trânsito. Segundo o principal acusado o veículo capotou após quem o dirigia perder o controle durante os disparos.
O suposto desentendimento teria ocorrido com ocupantes de um Gol branco. É muita coincidência, durante fuga numa madrugada, em estrada vicinal entre duas cidades de pequeno porte dois veículos se cruzarem em situação antagônica.
AMEAÇAS
A polícia deve ter conhecimento de que dias antes, Evaldo Veiga – o pintor da igreja Batista e réu confesso do bárbaro crime teria se estranhado com um terceiro na cidade de Iacri. Segundo consta, durante o entrevero teria havido ameaças de ambas as partes. Por qual motivo?
Sabe-se que o autor intelectual do latrocínio praticava outros delitos quando preciso para sustentar o vício em drogas. A suspeita é que, o veículo branco citado no tiroteio não seja um Volkswagen Gol, e a motivação dos tiros também seja outra.