“Por que o eleitor de Bolsonaro é tão fiel? Com a palavra, o próprio eleitor

Eleitorado do candidato a presidente pelo PSL demonstra muita fidelidade a ele. A Gazeta do Povo foi atrás de eleitores de Bolsonaro para saber as razões que explicam esse fenômeno

Fernando Martins e Evandro Éboli, com colaboração de Daiana Constantino e João Bandeira (especial para a Gazeta do Povo)

Multidão carrega Bolsonaro: fidelidade ao candidato. Heuler Andrey/AFP
Multidão carrega Bolsonaro: fidelidade ao candidato. Heuler Andrey/AFP

O maior enigma que os estrategistas das campanhas dos presidenciáveis vêm tentando decifrar, sem sucesso até agora, é como tirar votos de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, líder em todas as pesquisas de intenção de votos. O eleitorado do capitão da reserva tem se mostrado muito fiel – a despeito de os adversários o acusarem de ser autoritário, defensor da violência, racista, homofóbico, machista, fascista, entre outros termos pejorativos. Nada disso parece importar para seus adeptos. Por quê?

Para responder a essa pergunta, a Gazeta do Povo ouviu aqueles que podem dar a explicação: eleitores de Bolsonaro. Foram longas entrevistas com dois brasileiros que se enquadram no perfil do eleitor típico do candidato: homem, branco, de renda média ou alta, do Centro-Sul do país. Mas a reportagem também buscou quem decidiu votar no candidato do PSL apesar de estar fora do padrão bolsonarista: uma mulher, negra, umbandista e moradora de periferia.

Os depoimentos não deixam dúvida: quem vota em Bolsonaro não acredita que o candidato se encaixa nos adjetivos negativos a ele atribuídos porque simplesmente pensa de uma forma muito semelhante ao do deputado. É possível especular que, de certa forma, as críticas direcionadas ao candidato do PSL também atingem esses eleitores em suas convicções pessoais – o que torna a adesão a Bolsonaro ainda mais forte.

Há também outros motivos. Os eleitores do capitão da reserva veem nele a única opção para dar um jeito nessa “bagunça toda” – a ponto de relativizarem aquilo que até mesmo admitem serem falhas do presidenciável. E também identificam em Bolsonaro a personificação de sua rejeição, ideológica ou circunstancial, ao PT e à esquerda de um modo geral – vista por grande parte desses eleitores como “socialista”.

O país está indo para o buraco e só Bolsonaro pode pôr ordem na casa porque é militar

A ideia de que o país está indo para o buraco – seja na política, na segurança pública ou no campo dos valores morais – é muito forte entre os bolsonaristas. “A nação está à deriva; não tem mais rumo. Só se prega a coisa para o lado errado aqui [no Brasil]. Hoje, para você educar a família, está um caos. Não se pode nem colocar a mão na bunda de um filho. É para educar sem um tapa? Está fora da realidade. Para quê esse exagero”, questiona o produtor rural goiano Cláudio Gorgen, de 48 anos, dono de propriedades agrícolas em toda a região Centro-Oeste. Morador de Chapadão do Céu (GO), ele tirou dinheiro do próprio bolso para instalar um outdoor na cidade com propaganda do candidato.

A expectativa dos bolsonaristas é de que o candidato do PSL vai mudar tudo de ruim que está por aí. “Ele [Bolsonaro] veio para fazer a revolução”, afirma a cabeleireira carioca Vivian Graziele de Moraes Pereira, 34 anos, moradora de Bento Ribeiro, bairro no subúrbio do Rio de Janeiro. “É uma expectativa muito grande de que ele possa fazer uma mudança, de que ele tenha esse impacto favorável. Para mudar o país como um todo, acabar com isso tudo que tá acontecendo… essa crise financeira, esses hospitais da forma que estão, essas escolas, o policiamento. Ele veio para mudar tudo.”

Mas por que só Bolsonaro pode fazer isso? Porque ele teria o principal atributo que seus eleitores acreditam ser necessário para pôr ordem na casa. “Bolsonaro tem uma qualidade de que eu gosto: ele é militar. Os militares são disciplinados. E, para mim, quanto mais disciplinado, menos corruptível a pessoa é. Isso é uma grande diferença”, diz o empresário catarinense Ricardo Luís Schmitt, 33 anos, morador da cidade industrial de Jaraguá do Sul (SC) e sócio-proprietário de uma editora de informativos contábeis.

Arma na mão do cidadão de bem não é problema, mas sim a solução para se defender da criminalidade

O militarismo, por sinal, faz parte da vida de Schmitt. E isso explica outra coincidência de seu pensamento com o de Bolsonaro: a defesa da liberdade de cada cidadão ter uma arma para se defender. “Meu pai foi do Exército até os 26 anos. Ter arma na minha família é comum (…). Hoje, não tenho porque eu não consegui [porte]. Mas não quer dizer que eu não sei atirar. Na nossa região isso é muito comum por causa da Festa dos Atiradores. Quem não sabe atirar?”, afirma o empresário catarinense, referindo-se à tradicional Schützenfest (Festa dos Atiradores) de Jaraguá, cidade de forte colonização germânica.

“Arma não é um problema, para mim. Mas, sim, solução (…). Se você está em casa e acontece um assalto, tem como se defender. A polícia não tem como estar 24 horas ali. Se sua esposa pode ser estuprada… Sou a favor de me defender de igual para igual”, diz. “O que me chama mais atenção do Bolsonaro mais do que o [João] Amoêdo [candidato a presidente pelo Novo], que acho que não tem pulso tão forte como o Bolsonaro, é a liberação da posse de arma. Acho essencial para a democracia. E o socialismo quer tirar o poder do povo. E sou totalmente a favor de dar poder ao povo para liberar e ter livre comércio.”

O produtor rural Cláudio Gorgen ao lado do outdoor em favor de Bolsonaro que ele mandou instalar em Chapadão do Céu.
O produtor rural Cláudio Gorgen ao lado do outdoor em favor de Bolsonaro que ele mandou instalar em Chapadão do Céu.

O produtor rural Cláudio Gorgen tem opinião semelhante. Ele é a favor da flexibilização do porte de arma para o “povo do bem” de uma maneira geral, não só para o homem do campo. “Quem é do bem não faz mal com uma arma na mão. Agora, quem é do mal faz [maldades] até com pouco.”

Para os bolsonaristas, dentro do grupo do “povo do mal” há um tipo recorrente nas citações: o estuprador. “Estuprou? Vai para a castração química mesmo”, diz Gorgen, citando a pena prevista em um projeto de lei de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. “Tem de fazer sofrer. Vai ficar adulando com direitos humanos? Isso só cresce o problema”, complementa o produtor rural.

Para o catarinense Ricardo Schmitt, a punição a estupradores teria de ser até mais dura. “É um dos piores crimes que existem contra crianças e mulheres indefesas. Por isso sou a favor do porte de arma para defender. Castração química é até pouco. Sou a favor de coisas mais pesadas contra essas pessoas. Mas, no Brasil, não podemos. Nossa legislação é contra a pena de morte. A menos se criarmos uma nova república para mudar isso.”

Não é apenas o catarinense Ricardo Schmitt que usa o risco de estupro como um motivo para que as pessoas tenham armas para se defender. A carioca Vivian Pereira foi abusada sexualmente pelo próprio irmão quando ela tinha 9 anos. O trauma de infância ajuda a explicar a adesão dela às ideias de Bolsonaro: “O porte de arma, para a mulher poder se defender, isso já é algo muito legal”.

Outra agressão sofrida pela cabeleireira reforça esse sentimento. “A esposa de um amigo, que a gente se trata como irmão, ficou com ciúme [de mim]. Com uma faca, atingiu meu rosto, minha mão e meu braço. Tomei 38 pontos. Esse fato ocorreu porque não tinha policiamento e, até hoje, ela continua solta. A investigação não acabou.”

Vivian, por sinal, acredita que Bolsonaro conseguirá fazer leis mais duras para criminosos e tornar a Justiça mais rápida. “Aqui, na rua [em que moro], a cada cinco minutos, é um assalto diferente”, afirma a carioca. “Tenho um vizinho que o ladrão atirou nele porque ele não tinha algo melhor para roubar, há uns dois meses. Ele perdeu os movimentos de uma mão e tá se recuperando, fazendo fisioterapia, sem poder trabalhar porque não tinha um celular bom para dar pro ladrão.”

Agressividade e exageros de Bolsonaro são relativizados por seus eleitores

Aliás, a “tolerância zero” de Bolsonaro contra criminosos em geral, e estupradores em particular, é motivo de uma das grandes polêmicas da carreira política de Bolsonaro: sua briga com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), a quem o presidenciável disse que só não a estupraria porque ela não merecia.

Trata-se do capítulo mais tenso de uma longa discussão entre os dois envolvendo a redução da maioridade penal defendida por Bolsonaro e rechaçada pela petista. Para uns, o episódio exibe a truculência e machismo do presidenciável. Mas, embora reconheça que o candidato exagerou, ao menos parte de seus defensores acredita que a atitude do candidato é compreensível e tolerável dentro do contexto em que ocorreu.

“Primeiro, ela chamou ele de estuprador. Aí é complicado”, diz Ricardo Schmitt. “Estou diante de uma mulher que é a favor do estupro porque está defendendo [ao ser contra a redução da maioridade penal] um delinquente: Champinha [adolescente que, em 2003, estuprou a jovem Liana Friedenbach, num caso de grande repercussão nacional]. Acho que era isso, né? Ela estava defendendo esse delinquente à luz do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]. Os direitos humanos estão muito forte nessa área. E, para mim, não existe direitos humanos para esse tipo de pessoa. Naturalmente, acho que ele [Bolsonaro] perdeu um pouquinho a linha nessa hora. Mas, quando foi acusado de estuprador, é uma ação e reação. É a mesma coisa que você tomar um carrinho no futebol e, na reação, chutar o cara sem querer. Ele tomou e uma e reagiu na hora.”

Schmitt reconhece que existe uma linha tênue entre a agressividade e a firmeza que, por vezes, é ultrapassada pelo candidato. “Bolsonaro passa da linha para agressivo. Talvez não de propósito, mas para dar ênfase na informação.” Para o empresário, a agressividade de Bolsonaro acaba passando a imagem de que ele “é um pouquinho machista”, que ele acredita não ser verdadeira.

Isso também estaria por trás das acusações de que o militar é racista – exemplificada pela declaração do candidato de que os quilombolas “não servem nem para procriar” e de que o mais magro deles “pesa sete arrobas”. “Acho que ele foi um pouco duro, sim [nessa declaração]. Mas ele quis dar um impacto nisso”, diz o empresário catarinense, para quem o capitão da reserva apenas quis tocar na ferida ao criticar os benefícios concedidos pelo governo aos quilombolas.

“Eu sou negra e voto no Bolsonaro (…). Se ele fosse racista, eu me sentiria ofendida e não votaria nele”, diz Vivian – que admite não ter tido conhecimento do episódio dos quilombolas.

E a posição contrária de Bolsonaro às cotas para negros em universidades? Não seria um exemplo do preconceito racial do candidato? Para seus eleitores, não. Na visão deles, trata-se de uma questão de mérito pessoal, princípio caro aos bolsonaristas típicos. “Sou contra [as cotas para negros]. Tem que estudar. Todo mundo. Se você estudar e se dedicar, independentemente de cor e religião, terá sucesso. É o que eu penso”, diz Gorgen. Já Schmitt só admite cotas para estudantes de escolas públicas. Ou seja, por critérios de renda.

A ideia da meritocracia, em contraposição ao igualitarismo socialista, reaparece no discurso dos eleitores para defender Bolsonaro da acusação de que ele é machista por não defender que a mulher ganhe o mesmo que o homem quando ocupam a mesma função profissional.

O empresário catarinense Ricardo Schmitt em sua gráfica: “vamos entrar no socialismo se quisermos que a mulher ganhe mais do que o homem fazendo leis”. Foto: Daiana Constantino
O empresário catarinense Ricardo Schmitt em sua gráfica: “vamos entrar no socialismo se quisermos que a mulher ganhe mais do que o homem fazendo leis”.
Foto: Daiana Constantino

“No meu ponto de vista, ele sempre falou que é a favor da mulher ganhar o mesmo que o homem. O que vale é a competência; e ele sempre deixou muito claro isso”, diz Ricardo Schmitt. “A CLT [legislação trabalhista] está aí para julgar o que é melhor ou pior. Já existe lei. Mas as mulheres ganham menos que os homens… Mas vamos entrar no socialismo se quisermos que a mulher ganhe mais do que o homem fazendo leis (…). As mulheres têm que fazer por merecer, assim como os homens. Porque a mulher engravida, o mercado acaba diminuindo o salário. Mas daí é o mercado que fez isso. Não posso fazer uma política para a mulher ganhar mais. Se for assim, estarei sendo socialista. E isso vai gerar discriminação de novo.”

Para os eleitores de Bolsonaro, ele não é homofóbico. Ele quer evitar a ideologia de gênero nas escolas

Os bolsonaristas rejeitam também a acusação de que o candidato que escolheram é preconceituoso contra os homossexuais. Cláudio Gorgen acha que a imprensa distorce o que ele diz sobre o assunto (o tratamento da imprensa, ou ao menos parte dela, a Bolsonaro também é alvo de críticas de Ricardo Schmitt).

“Ele não é homofóbico. Só quer o respeito na educação dos nossos filhos. Escola não é lugar de educação sexual”, afirma o produtor rural de Goiás. A reclamação é principalmente contra a ideologia de gênero – a tese de que os gêneros masculino e feminino são construções sociais e que, para acabar com o machismo e a homofobia no país, é preciso ensinar às crianças que elas podem “escolher” se querem ser meninos ou meninas.

“O Bolsonaro é contra o kit gay e contra lecionar sobre gênero nas escolas para crianças a partir dos seis anos. Quem educa os filhos são os pais (…). O Bolsonaro é firme nesses princípios e eu sou extremamente favorável a esses princípios”, diz Schmitt. Não quero a escola influenciando no que eu não concebo. Não que, futuramente, ele [a criança] não possa ser homossexual ou algo do gênero. Mas não por influência da escola.”

O empresário de Santa Catarina inclusive diz ser a favor da adoção de crianças por casais do mesmo sexo: “Vejo como positivo. Não vejo problema.”

Para os bolsonaristas, o candidato é íntegro. Mesmo quando comete deslizes éticos

Os eleitores de Bolsonaro em geral também acreditam que ele é uma pessoa íntegra, capaz de cortar os privilégios na política. “Ele é transparente, honesto, não tem rabo preso. É o que país precisa neste momento, depois de toda essa corrupção que estamos vendo”, afirma Cláudio Gorgen.

Mesmo diante dos deslizes éticos do candidato, há quem o defenda, relativizando seus erros. “Todas as informações chamando ele de corrupto, o Bolsonaro respondeu sendo correto. Muitas vezes imoral, mas correto”, afirma Ricardo Schmitt. “Como a moradia [o auxílio-moradia da Câmara] que ele ganha mesmo tendo casa em Brasília. É legal, mas imoral. Eu acho errado. Mas se o governo [a Câmara] dá para todos outros… Então ele também vai ter. Mas de corrupção ele não participou de nenhuma. Se tivesse participado, não votaria nele.”

Schmitt também acredita que Bolsonaro teve uma atitude imoral no caso da “Wal do Açaí” – como ficou conhecido a denúncia envolvendo Walderice Santos da Conceição, funcionária do gabinete do candidato que, em vez de prestar serviços públicos, trabalhava num estabelecimento comercial privado de Angra dos Reis (RJ) vendendo açaí. Mas, também nesse episódio, ele minimiza o erro. “É ilegal você pagar uma pessoa e ela nem bater cartão. Mas a lei, como está hoje, permite essas funções [de assessores parlamentares que trabalham nas bases do deputado, sem controle de jornada].”

De extrema-direita? Eleitores se dividem sobre o assunto

As declarações de Bolsonaro defendendo a ditadura militar (1964-1985) também são motivo para o empresário Ricardo Schmitt pisar em ovos. “Não sou a favor [da ditadura] porque sou republicano. Gosto da democracia. Acho que o Bolsonaro também é a favor da democracia e a favor da República. Acho que ainda tem que ser através do voto [a escolha dos dirigentes do país]. Por mais que não seja a favor do socialismo, a maioria deve ganhar. Sou a favor da vontade da maioria. Militarismo é ótimo, mas hoje estamos num ambiente republicano e democrático.”

O extremismo ideológico é motivo de discordâncias entre os eleitores mais típicos de Bolsonaro. O produtor rural Cláudio Gorgen, ao ser questionado sobre a razão de apoiar o candidato do PSL, disse de bate-pronto: porque ele é de “extrema-direita”.

Mas, para Schmitt, hoje não existe extrema-direita no Brasil. Mas sim extrema-esquerda. “É o MST que age através da força, que impõe. Tem alguém da direita querendo te surrar, bater, dar tiro, sequestrar? O Bolsonaro não é extremista.”

Schmitt inclusive define o candidato que escolheu como “semi-liberal” por querer privatizar muitas estatais, mas não todas. Ou seja, ao menos no campo econômico, o capitão da reserva não estaria tão à direita. “Já o Paulo Guedes, economista dele [de Bolsonaro], quer privatizar 100% [das estatais] e isso me agrada muito. Sou extremamente a favor do livre comércio porque, a partir do momento que você tem concorrência, o valor [das tarifas e produtos] baixa.”

Eleitores de Bolsonaro não gostam do PT por ideologia e pragmatismo

 A cabeleireira Vivian Pereira em sua casa, no subúrbio do Rio: crise econômica do PT fez ela fechar seu salão de beleza: “Eu tô meio revoltada de, com meu voto, ter colocado eles no poder”. Foto: João Bandeira

A cabeleireira Vivian Pereira em sua casa, no subúrbio do Rio: crise econômica do PT fez ela fechar seu salão de beleza: “Eu tô meio revoltada de, com meu voto, ter colocado eles no poder”.
Foto: João Bandeira

O empresário catarinense diz ser “capitalista” e “liberal”. Ele considera que a esquerda e o PT são “socialistas”. “Não gosto do Lula porque ele é muito socialista”, diz.

“O socialismo é bom para quem gosta de viver do Estado. De Pernambuco para cima é muito comum porque tem muita gente de baixa renda, mas aqui [Santa Catarina] não. Sei que é ruim falar isso… o pessoal daqui não quer tanto benefício do governo como o pessoal lá de cima. Aqui o pessoal corre atrás e trabalha mais, não é verdade? Sei que é um ponto de vista um pouquinho preconceituoso, mas eu gosto muito daqui. Não quer dizer que eu acho que o baiano não trabalha. Eu estou falando em questão numérica. Logicamente, eu sei que nós trabalhamos mais do que eles.”

Já cabeleireira carioca Vivian Pereira tem uma razão nada ideológica e mais pragmática para não gostar do PT e de Lula e de encontrar no antipetista Bolsonaro a sua esperança: a crise econômica gestada nos governos petistas.

“No Lula, a gente acreditava, né? Caixinha de ilusão. Olha aí o que aconteceu… Eu tô meio revoltada de, com meu voto, ter colocado eles no poder. E olha aí no que deu”, lamenta. Mãe de três filhos (de 18, 14 e 10 anos) e avó de um bebê nove meses, ela precisou fechar seu salão de beleza por causa da crise. Hoje atende clientes em casa para pôr comida na mesa da família. “Dá para sobreviver, no momento. Mas podia ser melhor.”

A aposta de Vivian é que Bolsonaro dê um jeito na economia do país, embora ela admita que não conhece as propostas do candidato que escolheu para o Brasil retomar o crescimento. “Noção, em si, não tenho.””

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *