A decisão para exonerar mais de 150 funcionários que ocupam cargos em comissão só poderá ser tomada após as eleições. Fazer isso agora prejudicaria o desempenho dos candidatos apoiados pela Administração. A Prefeitura conta com 2.300 funcionários e a folha de pagamento chega a R$ 2,6 milhões mensais.
O principal motivo para a tomada de decisão é a crise financeira pela qual passa a Prefeitura de Tupã. Diminuição nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e sequestro de R$ 1,7 milhão para pagamento de precatórios contribuíram para isso.
Ainda assim, teria havido redução do débito em caixa de R$ 12 milhões para cerca de R$ 9 milhões, apesar disso, a Prefeitura de Tupã se arrasta no segundo ano do mandato do prefeito Manoel Gaspar (PMDB) para sair do vermelho.
A necessidade de cumprir algumas promessas de campanha como o retorno do ticket alimentação e o abono concedido recentemente fizeram aumentar o rombo nos cofres públicos. Com isso, a folha de pagamento deve ser “empurrada com a barriga” e ir fechando a trancos e barrancos até passar o período eleitoral. Após o dia 5 de outubro a ordem será “fechar as torneiras”.
O secretário de Governo, Dorival Coquemala começou a sinalizar para o tempo de seca. Ele próprio tem se encarregado de passar por algumas Secretarias para apagar as luzes. Assim o fez recentemente na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Conclusão: não vai adiantar remediar.
O “remédio” para estancar a “hemorragia” deverá ser amargo para muitas famílias. Os cargos em comissão são aqueles de livre nomeação do agente publico, por exemplo, o prefeito é o agente público, ele tem uma lista de cargos em comissão para preencher com pessoas de sua confiança que não precisam necessariamente ser ocupantes de cargos de carreira.
Os cargos de carreira são aqueles que dependem de aprovação em concurso público e os cargos comissionados dependem apenas da vontade do agente público (prefeito, governador, presidente da republica, vereador, deputados, senadores…).
Apesar da crise financeira na Prefeitura de Tupã, se engana quem pensa que isso tem tirado o sono do economista que foi braço direito do ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB).
Ocupando a pasta de Finanças no Governo de Manoel Gaspar (PMDB), Walter Bonaldo Filho, não demonstra nenhum comprometimento com a situação caótica financeira da municipalidade. Inclusive, na edição desta sexta-feira (29) do Jornal Diário de Tupã, foi destaque na coluna do Ditho.
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Walter Bonaldo esteve totalmente concentrado na visita do deputado federal Cândido Vacarezza por dois dias em Tupã e cidades da região. Amigo pessoal e um dos que trouxeram o candidato para apoio às causas de Tupã, ele esteve full time na comitiva do visitante.
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