A delegacia é fechada e a viatura da PM fica trancada no pátio do destacamento. Ouça texto/podcast
Quando a noite chega em Herculândia (SP), as autoridades se encastelam em seus poderes e o povo fica à mercê da violência. Não sai às ruas e as praças públicas são tomadas pelos malfeitores.
O sentimento da população de bem pode ser expressado pela leitora de prenome de inicial “D”. Não vamos identifica-la por razões óbvias:
“Herculândia cidade sem lei, aonde se mata e fica solto, espanca e fica solto, onde a marginalidade comanda. Poderia o comandante mandar policiais que não tenham medo de entrar em qualquer bairro da cidade. Temos que ficar presos dentro de nossas casas, por que em qualquer lugar só há briga e a falta de segurança”, criticou.
Para minimizar essas questões de vulnerabilidade social e criminal, é preciso uma mudança de comportamento.
É preciso coragem da sociedade e, sobretudo, daqueles que detém o poder e o dever para colocar em pratica uma ação conjunta de um plano de segurança – que dê sentimento de acolhimento para a coletividade.
ELEIÇÕES
Estamos as vésperas de mais uma eleição. O momento é único para discutir as políticas públicas primárias que asseguram o bem-estar social, por exemplo, através da redução do índice de criminalidade.
Segurança pública é de responsabilidade do Estado e de todos, inclusive, da própria sociedade, principalmente, quando ela encontra o respaldo para acreditar nessa tese.
Os ciclos organizacionais servem para qualquer tipo de ação – até para promoção de festas regadas e desprovidas de compromissos e ou apenas para satisfazer os seus próprios egos. Na psicologia, o egoísmo influencia o comportamento. O ego também pode ser vilão ou herói para alguns.
Então, os ciclos das políticas públicas precisam ser colocados numa mesa de discussão para identificar as causas do problema da comunidade herculandense. É preciso constituir uma agenda de trabalho e a formulação de alternativas para a tomada de decisão.
Sem seguir esses ciclos, fica difícil implantar, avaliar e extinguir o sentimento de temor e o caos que se estabeleceu pela ausência de regras do conjunto de normas do Estado de Direito. Elas existem, mas precisam ser executadas por quem de direito.
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