O ex-prefeito Waldemir Gonçalvez Lopes corre o risco de perder o PSDB, mas quem terá coragem de apresentar a nova nominata (relação de nomes) da nova chapa?
Ao tomar conhecimento de que o Diretório Municipal havia sido destituído, Waldemir e o coordenador regional do partido Edson Schiavon foram ao gabinete do prefeito Caio Aoqui (PSD) cobrar explicações.
A suspeita era a de que o prefeito em exercício estivesse por trás do golpe. Caio negou veementemente. Os tucanos têm dois parlamentares no Legislativo: o presidente da Câmara, pastor Eliézer de Carvalho e Telma Tulim.
A destituição de um diretório ocorre pela Comissão Municipal, estadual ou outro órgão partidário superior, de forma abrupta, sem qualquer comunicação prévia.
Foi o que ocorreu, no mesmo momento em que o ex-prefeito teve seus bens bloqueados pela Justiça Federal, no valor de R$ 14 milhões por conta de irregularidades em contratos nas obras de macrodrenagem. Um duro golpe para as pretensões do grupo para as eleições de 2020.
Waldemir havia sido conduzido à presidência do PSDB a pouco tempo. O evento contou até com a presença do deputado estadual Mauro Bragato, aliado da líder de Caio Aoqui na Câmara, a vereadora Telma Tulim.
A tese do grupo de Waldemir é que tudo foi orquestrado pelo prefeito e os vereadores do partido. Resta saber agora, de acordo com o estatuto do partido, quem dentro do prazo de 60 dias vai apresentar a nova nominata. Quem o fizer vai assinar a traição!
É possível que os autores da façanha sequer pensaram nessa possibilidade. Por outro lado, independentemente de quem seja o idealizador do plano, o partido segue filiando novos integrantes mais aliados ao ex-prefeito.
Acontece que, mesmo sob “nova direção”, o futuro presidente da sigla terá que ir para a convenção partidária com o próprio Waldemir e, quem vencer, seguirá comandando o partido.
A outra suspeita é que o autor intelectual do golpe apesar de estar em Tupã, tem tentáculos fincados a 18 km do município.