Documento aponta para os riscos que os pombos representam à saúde da população. Ouça texto
Em 2021, reportagem já alertava, por exemplo, sobre a necessidade de se realizar a poda também das palmeiras e a retirada dos resíduos de ninhos de aves silvestres, como forma de prevenção e combate ao bicho barbeiro – transmissor da doença de chagas. Leia mais: Prefeitura de Tupã não tem trabalho de prevenção ao bicho barbeiro
O assunto ganhou repercussão nos últimos dias, exatamente por causa da poda drástica que a prefeitura vem executando em árvores da Praça da Bandeira, e até em palmeiras instaladas no canteiro central da Avenida Tabajaras tem motivação de saúde pública.
Conforme documento encaminhado ao prefeito Caio Aoqui (PSD), pelo secretário de Saúde, Miguel Ângelo de Marchi, através dos Setores de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária comprova essa preocupação despertada às vésperas de o município receber grande público para o Tupã Junina.
Além das fezes de cerca de 50 mil pombos que habitavam a principal Praça da cidade, algumas espécies de árvores produziam frutos que atraiam morcegos que têm causado estado de alerta para raiva, após confirmação de um caso registrado no distrito de Varpa. Por conta disso, a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado está realizando a captura dos morcegos para verificar e confirmar a presença da raiva nos animais.
Na Praça da Bandeira tem sido verificado o agrupamento de morcegos, conforme notificado pela Vigilância Epidemiológica. A presença desses animais pode ocasionar acidentes como mordeduras em humanos e animais e transmitir a raiva, além de outras doenças como Histoplasmose e esporadicamente a criptococose, por meio dos dejetos que caem nas calçadas e bancos da praça.
- “A Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, através da Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses vem reforçar que após várias medidas de controle para eliminar os pombos que se abrigam em árvores que se encontram na Praça da Bandeira e que servem de poleiros, as fezes destas pombas podem desenvolver um fungo, conhecido como Cruptococcus, que quando inalado pode desencadear uma série de doenças, como a criptococose (infecção pulmonar), meningite e a pneumonia. Os pombos transmitem também a Histoplasmose (micose profunda) e Omitose (doença infecciosa aguda), transmitidas através da inalação da poeira contendo fezes de pombos contaminadas pelos agentes etiológicos. Além da Salmonelose, pela ingestão de alimentos contaminados com suas fezes contendo o agente etiológico, e as dermatites, que são provocadas pela presença de ectoparasitas na pele, proveniente das aves ou de seus ninhos. As contaminações ocorrem, principalmente, quando o cocô fica seco e desidratado disseminando os esporos do fungo no ar”, pontuou Dr. Miguel de Marchi.
CONCLUSÃO
Após várias medidas de controle para desabrigar os pombos da Praça da Bandeira, a Saúde recomendou a poda drástica das árvores, bem como, a extração de toda árvore após laudo técnico da Secretaria de Meio Ambiente, sobre as árvores de espécies invasoras, tóxicas ou com princípios alérgicos com propagação prejudicial à saúde do ser humano e de animais; que sejam mantidas todas as medidas sanitárias, como: higienização frequente dos locais com água clorada, ressaltando a proibição de varrer o ambiente e sempre fazendo uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como bota e máscara.
Leia também: Codornas: um prefeito no “ninho”