Em uma das várias sentenças que me absolveram ao longo da carreira, sobre suposto crime contra a extinta lei de imprensa; neste caso, em Marília, o juiz José Roberto Nogueira Nascimento proferiu em palavras sinônimas: “a vida do homem público, também é pública”.
“É de interesse público, o padre que viola a confissão; o homem público viciado em conduta não recomendável ou mesmo que seja um simples motivo de observação da sociedade”, sentenciou o magistrado.
Então, baseado neste preponderante fato sentencial é passível que um veículo de comunicação faça considerações sobre atos que gerem notícias mesmo que de fórum íntimo e pessoal de um cidadão público.
Exemplo, a imprensa especulou e noticiou se Ronaldo “Fenômeno” havia feito lipoaspiração, para extrair fartas gorduras abdominais.
Assim sendo, diante da existência de um fato, narramos a seguinte preocupação que todo homem público tem que possuir com sua imagem pessoal, profissional e, sobretudo, para causar boa impressão política. Aliás, a primeira impressão é a que fica.
Mas quando isso não acontece, não custa nada dar uma “força” para melhorar o visual para aparecer em público, seja num comício, reunião ou numa sessão, principalmente agora com o advento da TV Câmara, “a TV do Povo”.
É notável que uma maquiagem ajude diante às câmeras, mas nada mais “natural” que o próprio semblante rejuvenescido, diante das rugas provocadas pelo efeito do tempo.
Esperei o início e término da primeira sessão ordinária da Câmara, para ter certeza sobre o fato. Não tive dúvidas. Antonio Alves de Souza, “Ribeirão” (PP) apresentou imagem jovial, apesar da distância.
Como sempre acontece, justiça seja feita, esteve sempre de olho nos holofotes, mesmo que bocejando o tempo todo e, coçando a face como se verificasse os efeitos do novo visual.
Olhar fulgurante, silhueta afinada e rugas menos acentuadas, revelaram um “Ribeirão” mais confiante e vaidoso, como qualquer homem atualizado com as vantagens dos tempos modernos.
A verdade é que o recesso serviu para “desenhar” nova plástica à “imagem” da Câmara de Tupã. O blog pesquisou o valor de uma “repaginada” dessa, no “eixo plástico” entre Presidente Prudente a Marília e descobriu que é acessível a qualquer mortal.
Desde que o “mortal” seja capaz de desembolsar cerca de R$ 15 mil. Assim, também será capaz de expressar à opinião pública uma “nova cara”. A propósito, a Câmara de Tupã retornou aos trabalhos contrastando.
Enquanto a maioria se demonstrava sisuda e silenciosa, “Ribeirão” bocejava, sorria e coçava o rosto e, estranhamente não fez uso da palavra em nenhum momento.
Segundo consta, ele seguia recomendação médica. Não poderia se expressar de forma veemente depois da intervenção cirúrgica a qual teria se submetido.
Outro contraste observado foi entre a história em quadrinhos, com direito a desenho animado que tratava sobre o trabalho do parlamentar tupãense, mostrado pela TV Câmara e a real vida da Casa de Leis.
Enquanto o desenho enfatizava sobre a necessidade da existência do Poder Legislativo como um dos pilares de sustentação da democracia, “combatendo os tiranos e os ditadores que tentam macula-la”; fora dos quadrinhos a atitude dos nobres vereadores não têm sido essa.
A sessão
A primeira sessão ordinária da Câmara de Tupã, nesta segunda-feira (1º) após 15 dias de recesso, durou apenas 1h15. Foi rápida e sem nenhum assunto importante discutido.
O único senão, foi a observação feita pelo vereador Valdemar Manzano Moreno (PPS) alertando os servidores municipais sobre o banco de horas.
Depois de Lei complementar aprovada no Estatuto do Servidor, o prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) publicou decreto que alteraria a Legislação vigente sobre o banco de horas.
Sugere o decreto que 50% seriam pagos em dinheiro e outros 50% em descanso, porém, o secretário de cada pasta irá apontar quem terá ou não direito ao benefício.
Manzano entende que o decreto é capcioso e subjetivo e poderá contemplar funcionários públicos que eventualmente tenham simpatia com a administração, em detrimento de outros que talvez não tenham cumplicidade com o Executivo.