Relações Perigosas II: secretários estão proibidos de darem entrevista

Os poucos secretários que persistem na administração são agora controlados domesticamente. Secretária de Relações Institucionais, Talitha Dalacosta se aproveita de sua intimidade familiar com o prefeito para impor suas vontades sobre a administração, já bastante criticada pela interferência de seus filhos no governo municipal. 

Mais tupã

A “lei da mordaça” agora impera em Tupã. Para o vereador Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP), o blog é inimigo do prefeito Manoel Gaspar (PMDB). O amigo é ele, que joga um lamaçal de fatos obscuros sobre a administração e a deixa sob suspeita de irregularidades administrativas e até de corrupção.

Se não bastasse tudo isso, agora, que o blog tornou público o relacionamento estreito da secretária de Relações Institucionais, Talitha Dalacosta, com a família do chefe do executivo e que tem como padrinho político, além de Gaspar, Ribeirão e Maria Elisa, a moça definitivamente colocou o condão de fora.

Mais do que nunca, além de continuar sendo maléfica à administração do ponto de vista da comunicação entre a imprensa e o público alvo, a secretária aproveitou o impasse entre o Corpo de Bombeiros e a prefeitura, para determinar que nenhum secretário conceda entrevista ao jornal Diário e à Rádio Tupã, sem seu consentimento.

Isso acontece após mais uma de suas declarações comprometedoras que vazaram. Aliás, foi por este motivo que a semana passada ela sapateou no gabinete do prefeito quando Gaspar anunciou a realização do Carnaval.

Gaspar que já tem sua administração sob suspeita de deixar o parlamentar Ribeirão governar, agora, fica ainda mais com a comunicação comprometida com a “lei da mordaça” imposta justamente por quem deveria manter as relações institucionais funcionando a bem do serviço público.

O prefeito e qualquer secretário deve ter autonomia para conceder entrevista à imprensa. É conveniente apenas que comunique o setor correspondente sobre o assunto para qualquer eventualidade adversa. Não pode uma administração se relacionar com o cidadão e a imprensa, como se estivesse falando com sua família ou seus apaniguados. Como se o interesse público tivesse o mesmo peso do interesse de um protegido ou partidário.

RELAÇÃO

Ao colocar de fora sua liberdade de relacionamento familiar dentro da administração, a secretária coloca em xeque o interesse público. O fato dela ser madrinha dos filhos (as) da filha do prefeito, Maria Elisa e, por isso, gozar de certos privilégios na corte, não a permite que questões de política de relações institucionais sejam tratadas de forma doméstica.

Só ela tem vazado informação privilegiada por saber da rotina da família do prefeito e, exatamente por isso, das ações de governo. A primeira informação de que iria acontecer o Tupã Folia 2016, foi dada pela secretária e não pelo Gaspar. Ela viaja ao lado do prefeito e liga para Tupã pedindo a todos que não comentem que viajou com Gaspar, como se fosse uma viagem à escondida, mas que ela faz questão de que os plebeus saibam.

PERIGOSA

A secretária de Relações Institucionais, Talitha Dalacosta protagonizou mais uma após o mal-estar provocado com o Corpo de Bombeiros a partir de domingo (17), quando ocorreu um acidente na rodovia e o socorro de uma família ficou comprometido por causa de uma ambulância quebrada. Um rapaz que caiu de um telhado na zona Leste também ficou sem socorro por uma hora, por falta de motorista de ambulância.

Para se justificar a prefeitura teria enviado uma nota ao jornal Diário, creditando ao Corpo de Bombeiros falta de planejamento. O comandante da corporação, tenente Filipe Félix minimizou o atrito, mas Talitha não se deu por vencida e, mesmo depois de cinco dias do fato, armou uma coletiva à imprensa envolvendo o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Saúde para tentar apaziguar os ânimos. Eis que a secretária Rosangela Urel Gaspar se empolgou e culpou a redação do jornal pelo impasse. O “x” da questão não é a polêmica e sim o fato das vítimas terem ficado sem o devido socorro.

Mas, ao invés disso, a secretária Talitha Dalacosta tratou de botar fogo. Colocou seu subordinado para fazer uma pergunta fora de contexto e capciosa para tentar minar à imprensa que ajudou a socorreu as vítimas da ambulância quebrada.

O tenente Félix saiu na defesa: “naquele momento as vítimas estavam sob controle e nós precisávamos apenas de um meio de transporte”. Ou seja, o meio de transporte poderia ser qualquer veículo que se locomovesse para seguir com o socorro às vítimas.

Como se nota, a secretária de Relações Institucionais tem protagonizado as maiores pataquadas. Não para o prefeito Gaspar e nem para o vereador Ribeirão. Ambos a chamam de “minha protegida”. E o povo, segue desprotegido dessas inconvenientes lambanças políticas. Parece brincadeira de conto de fadas. Fada-madrinha. Chama o Joãosinho Trinta, o Tupã Folia começou.

DESDOBRAMENTO

Fabiana Liar

Em tempo, Fabiana Liar, publicou esta pergunta no site MaisTupa, a respeito da polêmica sobre a ambulância quebradas da prefeitura e o Corpo de Bombeiros de Tupã. “Tenente gostaria de saber porque quando o meu esposo caiu do telhado no domingo o corpo de bombeiros estava fechado e os telefones 192 e 193 só chamavam e ninguém atendia. Não deveria ficar pelo menos um homem na corporação? Eu fui presencialmente lá e estava fechado. Aguardo uma resposta”. A pergunta foi endereçada ao comandante do Corpo de Bombeiros de Tupã, Filipe Felix.

Fabiana Liar publicou no site MaisTupã!

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