Apesar de ter rebatido a acusação de calote de campanha com fornecedores e colaboradores, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT) autorizou sua assessoria em Tupã a contornar a situação.
O assunto de ordem particular, política e partidária do petista foi resolvido na sala do coordenador da TV Câmara, Antonio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) foto ao lado (fonte: site Câmara).
Participaram da negociação, o assessor de Vaccarezza, em Tupã, Thiago de Sousa, sobrinho do vereador Ribeirão, o ex-secretário de Administração e Finanças, Walter Bonaldo Filho e o micro-empresário tupãense Paulo Cezar Madureira.
O encontro, segundo Ribeirão, também serviu para que o pessoal se “conhecesse”, já que segundo ação movida por Paulo Madureira, a assessoria de Vaccarezza alegava que sequer o conhecia.
A denúncia ganhou repercussão nacional através da Agência Estado e veja.abril.com.br em publicação no dia 12 de abril. Naquela semana, Ribeirão viajou para São Paulo e manteve a primeira reunião com Paulo Madureira, assumindo compromisso de diminuir o prejuízo do empresário do ramo gráfico.
De acordo com a denúncia feita pelo Estadão, o deputado teria dado calote em cabos eleitorais em cidades como Marília, Tupã, Bastos, Lucélia e Osvaldo Cruz.
Vaccarezza foi segundo o próprio Jornal Estadão, um dos responsáveis pelo investimento de R$ 25 milhões, para a implantação de obras de macro drenagem em Tupã.
Aparecem como representantes de Vaccarezza na região, o velho amigo do passado, ex secretário de Administração e Finanças de Tupã, Walter Bonaldo e Thiago de Sousa.
A dívida, na versão de seus acusadores, é de 270 mil reais com um engenheiro com quem fez dobradinha em Marília, de 20 mil reais com diretório do PT na cidade e de 60 mil reais com um empresário de Tupã, além de dívidas menores com outras pessoas da região.
Em todas as cidades em que há a denúncia de calote, a história é bastante parecida. O economista Walter Bonaldo Filho, definido pelas pessoas como “organizador” da campanha do deputado para a região, contratou colaboradores e serviços que depois não foram pagos.
Bonaldo foi secretário de Finanças de Tupã entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, no governo de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Antes, havia prestado assessoria à prefeitura da cidade na condição de consultor da Fundação Getúlio Vargas.
Ele confirma que teve conversas com lideranças da região para angariar apoio político, mas negou que tivesse feito qualquer acerto financeiro.
Portanto, como se nota, não é merecedor de crédito a alegação de Vaccarezza e de sua assessoria em Tupã, quando dias depois da denúncia, o mesmo grupo teria negociado a divida com o micro-empresário tupãense.
Já sobre as outras dividas em cidades como Marília, Bastos, Lucélia e Osvaldo Cruz, o pessoal do PT se calou.
Vaccarezza rebate acusação de calote a fornecedores
Em entrevista a veja.abril.com.br, Vaccarezza desmentiu a denúncia e alegou ser chantagem política
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT), respondeu nesta terça-feira à denúncia de que teria dado calote em cabos eleitorais da região da Alta Paulista, no oeste do Estado de São Paulo. A dívida, na versão dos acusadores, seria de 270 mil reais com um engenheiro com quem fez dobradinha em Marília, de 20 mil reais com diretório do PT na cidade e de 60 mil reais com um empresário de Tupã.
O deputado nega as acusações e atribui a denúncia a uma “chantagem movida por interesses políticos”. Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de imprensa de Cândido Vaccarezza:
Em relação às denúncias sobre dívidas de campanha de 2010 na região de Alta Paulista, o deputado Cândido Vaccarezza tem a esclarecer o seguinte:
1) A ação trabalhista movida pelo empresário Paulo Cézar Madureira contra o deputado Vaccarezza na Vara do Trabalho de Tupã (processo n. 034/2.011), no valor de R$ 51.759,58, foi considerada IMPROCEDENTE pelo juiz Pedro Marcos Olivier Sanzovo. O reclamante não entrou com nenhum recurso e, dessa maneira, o caso está encerrado.
2) O engenheiro José Ferreira Menezes Filho, ex-candidato a deputado estadual pelo PSL, que não foi eleito, prestou contas no TRE-SP de despesas no valor de R$ 88.223,00. O valor cobrado de R$ 270 mil, portanto, não foi declarado, o que demonstra que não corresponde à verdade.
3) O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Marília nunca fez nenhuma cobrança ao deputado Cândido Vaccarezza por eventuais despesas de campanha.
O deputado Cândido Vaccarezza reitera que não aceitará nenhum tipo de chantagem, certamente movida por interesses políticos.
Em ano de eleição os candidatos “gastam os tubos” como dizia minha vó. Não tem respeito pelo dinheiro publico e fazem parcerias absurdas com o setor privado em troca de favores futuros.
É então aberta a temporada de “caça aos candidatos” – Onde os empresários querem levar algum tipo de vantagem, superfaturar valores,etc.. Passa a temporada, os candidatos já eleitos (ou não) dão o calote e o povo é quem paga o pato sempre.
o assesor do candido vaccarezza e quem leva os malotes de dinheiro para ele.
Ficou claro que esse Madureira nao tem nada a receber, se tivesse teria como comprovar, as demais cobranças parecem tbm nao proceder como foi declarado, boa matéria Jota